

Interessante trabalho de Michael Mann, que mais uma vez fala sobre ética e moral em tempos conturbados (como ele fez com o magnífico O Informante). Esse novo trabalho tem todas as características de sua filmografia: o confuso conflito entre o certo e o errado; a trilha sonora eclética; a montagem redonda; a bonita fotografia em formato digital que dá um realismo impressionante; o uso constante de reflexos. Mesmo com toda essa qualidade, o diretor poderia manerar nos movimentos nervosos de câmera e dos constantes closes, pois o público fica zonzo, sem saber direito o que se passa na tela. Mesmo assim, o filme é interessante num mundo que já não sabemos mais o que é o bem e o mal (um bom argumento para o uso dos closes - algo que acabei de criticar); que o imediatismo é urgente, e que o futuro é um plano que não existe mais, algo que ganha força na interpretação delicada e envolvente de Johnny Depp.
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