O filme “Atividade Paranormal” conta a estória de um casal de namorados, Micah e Katie, que ao morar juntos começam a testemunhar estranhos fenômenos em sua residência. Katie alega que isso já aconteceu antes com ela em determinados periodos em sua vida e teme o pior – fato este que é convencida a chamar especialistas no assunto para entender o que está acontecendo. Por ser mais cético, Micah recusa a idéia de Katie e encara a situação com descrédulo a ponto de comprar uma câmera e registrar os fenômenos que com o passar dos dias, especialmente as noites, tornam-se mais fortes e intrigantes.
Confesso que sempre gostei de estórias de casas mal-assombradas, o que acarreta em noites mal dormidas, mas Atividade Paranormal – para piorar a situação – se sobressai. Fiquei com os nervos a flor da pele nos seus 30 minutos finais de exibição mesmo que a sua conclusão seja previsível mas que diante desse fato não impedi de se transformar numa ótima experiência no escurinho do cinema. Bem montado e com um elenco que dá conta do recado, a obra de estréia de Oren Peli surpreende pela segurança, sempre apostando na sutileza nas cenas de terror, no qual nada é mostrado deixando o público em alerta o tempo todo, especialmente nas cenas do quarto do casal (que ficará na memória de muita gente, incluindo eu). Com um trabalho magnífico de mixagem de som e ótimos efeitos visuais, o filme é o oposto de muita coisa que é realizada em Holywood (vide o espetáculoso trabalho de efeitos especiais de 2012 que de tão explícito não deixa nada para a imaginação do espectador) e merece todo boca-boca e a inesperada bilheteria de mais de 100 milhões de dólares nos EUA – para uma produção que custou míseros 15 mil dólares. Uma pergunta não quer calar: será que eu vou conseguir dormir hoje?
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