

Depois do grande (e merecido) sucesso de O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, Jean-Pierre Jeunet volta com a mesma equipe e estilo de sua obra anterior. Ambos simbolizam uma jornada de uma mulher em um mundo que é preciso fantasiá-lo para tornar mais agradável. Mas se Amélie precisava desse recurso para ajudar as pessoas; Mathilde a utilizava para encontrar o amado num momento turbulento e tenso.
Com um visual de cair o queixo, especialmente a linda fotografia de Bruno Delbonnel em que explora o dourado nas cenas com a Mathilde e o azul sujo apático nos combates, Jeunet faz um trabalho menor em relação a Amélie Poulain, afinal existe uma tremenda diferença de cenário entre uma Paris surreal e o denso e cruel dia-a-dia das trincheiras de uma guerra, além de ter exagerado no açúcar na conclusão. Mas mesmo assim é um bonito trabalho, uma espécie de melodrama moderno.
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