sexta-feira, setembro 18, 2009

Destaques nos cinemas

AMANTES
(Two Lovers, EUA, 2008) de James Gray
Drama. Homem depressivo acaba se envolvendo com duas mulheres de personalidades distintas.









A TETA ASSUSTADA
(La Teta Asustada, Peru/Espanha, 2009) de Claudia Llosa
Drama. Após a morte da mãe, jovem pobre e solitária tenta dar um rumo em sua traumática vida.








UP - ALTAS AVENTURAS
(Up, EUA, 2009) de Pete Docter e Bob Peterson
Desenho animado. Para realizar o sonho de sua vida, idoso transforma a sua casa em um balão flutuante rumo as florestas da América do Sul.







SEDE DE SANGUE
(Bakjwi, Coreia do Sul, 2009) de Chan-wook Park
Drama. Depois de participar de uma experiência científica, padre descobre que se transformou em um vampiro.

quarta-feira, setembro 16, 2009

Lançamentos em DVD

DUPLICIDADE
(Duplicity, EUA, Alemanha, 2009) de Tony Gilroy
Suspense. Espiões industriais concorrentes se juntam, profissionalmente e afetivamente, para dar um golpe em suas respectivas empresas.






MILK - A VOZ DA IGUALDADE
(Milk, EUA, 2008) de Gus Van Sant
Drama. Para dar um basta ao preconceito, homossexual decide entrar na política para defender os direitos civis, em especial a dos gays.






INTRIGAS DE ESTADO
(State of Play, EUA/Inglaterra, 2009) de Kevin Macdonald
Drama. Profissionais de um famoso jornal investigam o assassinato de uma amante de um congressista.

domingo, setembro 13, 2009

Tela Super8: Faça a Coisa Certa

Rara são as chances de encontrar uma abertura que faça um resumo sobre o seu enredo. Mas Spike Lee conseguiu a proeza na ótima abertura da sua obra-prima Faça a Coisa Certa (Do The Right Thing, EUA, 1989), em que a atriz Rosie Perez dança ao som da música "Fight the Power" do Public Enemy exibindo raiva, descontentamento numa coreografia que remete tanto a sensualidade como a violência sobre cores quentes numa típica rua de Nova York à beira dos 40 graus de temperatura.


sexta-feira, setembro 11, 2009

Se Beber, Não Case!

O filme “Se Beber, Não Case!” conta a estória do noivo Doug que decide passar o último dia de solteiro em Las Vegas ao lado dos amigos inseparáveis Phil (um professor relaxado), Stu (um dentista careta e certinho) e Alan (o irmão maluquete da noiva). Ao chegar no hotel (o famoso Caesar´s Palace!) tudo ocorre como previsto, até que o quarteto decide ir a cobertura do hotel para comemorar (e beber) a chegada do grande dia. Mais tarde, no passar das horas, Phil, Stu e Alan acordam da noitada e percebem que o seu quarto está um caos incluindo a estranha presença de uma galinha, um tigre e um bebê, que ninguém sabe de onde surgiram. E para piorar a situação, Doug some do nada deixando o trio em polvorosa que para achar o noivo na véspera do casamento precisam saber o que de fato aconteceu na noite anterior.





Sensação da temporada atual nos Estados Unidos, o novo trabalho de Todd Phillips faz parte de uma leva de filmes (Ligeiramente Grávidos, O Virgem de 40 Anos) que mostram homens adultos que não amadureceram e apresentam um comportamento juvenil. Uma espécie de evolução aos filmes dos irmãos Farrelly (Debi & Lóide - Dois Idiotas em Apuros, Quem Vai Ficar com Mary?). Confesso que não conheço esse subgênero da comedia atual, mas Se Beber, Não Case! é uma obra divertida que empolga graças ao enredo cheio de surpresas e pelo ótimo elenco, em que o destaque fica pela ótima atuação de Ed Hell como Stu e Zach Galifianakis na pele do doidão Alan, que fazem um trabalho exato sem cair na caricatura. Um aspecto curioso do filme é a ausência de personagens femininos (exceto a pequena participação de Heather Graham) e da trilha sonora instrumental (algo raro nas comédias americanas), mas em compensação encheram de canções bem ao estilo Las Vegas, o que me deixou decepcionado. Mas “deletando” esse detalhe inconveniente, o filme merece o sucesso que está levando.

terça-feira, setembro 08, 2009

Arraste-me Para o Inferno

O filme “Arraste-me Para o Inferno” conta a estória de Christine Brown, uma analista de crédito que sonha em alcançar o cargo de assistência de gerência do banco ao qual trabalha para mostrar a todos, particularmente, a família do seu namorado, que não é nenhuma “caipira”, mas uma moça que tem uma grande ambição de crescer na vida. E para demonstrar que é determinada em seus planos, Christine decide impressionar o seu chefe recusando a hipotecar a casa de uma senhora cigana, Sylvia Ganush. Revoltada pela recusa de Christine, Sylvia joga-lhe uma maldição na qual será atacada por um espírito maligno por três dias antes de ir para o inferno.




Divertido terrir que mostra que o versátil Sam Raimi não perdeu a mão nessa volta aos filmes de terror - bem ao seu estilo - grotesco, absurdo, mas sem deixar de ser assustador. Às vezes, o filme tem um humor que lembra os hilários desenhos da Warner (particulamente, o confronto entre Christine e Sylvia no carro), o que torna tudo mais divertido.
Com um enredo bastante atual ao falar da ganância num momento que vivemos numa grave crise econômica (afinal, Christine trabalha num banco) a obra se sobressae em conta do seu bom enredo (mesmo que seja simples) que dá bastante humanidade a persona de Christine, uma garota do interior que busca um lugar ao sol. Com um ótimo elenco, o destaque fica para Lorna Raver como a apavorante Sylvia Ganush, uma simpática cigana que ninguém quer por perto.

sexta-feira, setembro 04, 2009

Inimigos Públicos

O filme "Inimigos Públicos" conta a estória de John Dillinger, um gangstêr que está aterrorizando as autoridades americanas com os seus ousados assaltos a bancos; ao mesmo tempo, se transforma num héroi para a população que vive sob os efeitos do auge da depressão americana. Sem temer pelas consequências, Dillinger encontra pelo caminho duas figuras que selarão o seu destino: o amor pela corista Billie; e o ódio pelo policial Melvin Purvis, que o perseguirá impiedosamente sob o comando do autoritário J. Edgar Hoover.




Interessante trabalho de Michael Mann, que mais uma vez fala sobre ética e moral em tempos conturbados (como ele fez com o magnífico O Informante). Esse novo trabalho tem todas as características de sua filmografia: o confuso conflito entre o certo e o errado; a trilha sonora eclética; a montagem redonda; a bonita fotografia em formato digital que dá um realismo impressionante; o uso constante de reflexos. Mesmo com toda essa qualidade, o diretor poderia manerar nos movimentos nervosos de câmera e dos constantes closes, pois o público fica zonzo, sem saber direito o que se passa na tela. Mesmo assim, o filme é interessante num mundo que já não sabemos mais o que é o bem e o mal (um bom argumento para o uso dos closes - algo que acabei de criticar); que o imediatismo é urgente, e que o futuro é um plano que não existe mais, algo que ganha força na interpretação delicada e envolvente de Johnny Depp.