quarta-feira, março 10, 2010

Amor Sem Escalas

Ryan Bingham é um exemplar funcionário de uma grande corporação que se especializou em demitir empregados de uma forma sem criar traumas as vítimas, melhor, aos trabalhadores - além de ser um exímio palestrante em motivação, mas que no fundo a sua grande ambição é juntar o máximo possível as milhas de viagens aéreas. Durante uma reunião de trabalho, Natalie Keener, uma nova funcionária da empresa impressiona a alta cúpula da organização com um novo método de demissão, deixando Ryan apreensivo, pois pode prejudicar a sua contagem de milhas aéreas. Por conta do atrito entre os dois, a corporação decide que Ryan deverá mostrar a Natalie a dura realidade de sua função, o que acaba gerando mudanças no estilo de vida de Ryan, particularmente com o seu caso com a executiva Alex Goran.

Ótimo trabalho de Jason Reitman, que mostra com habilidade a jornada de um homem que vive numa redoma fechada e inviolável, mas que esse mundo começa a se tornar frágil em conta do seu envolvimento com Natalie e Alex. George Clooney está muito bem ao dosar o seu habitual charme com a frieza de Ryan, além de formar um par bastante sensual com Vera Farmiga que está excelente como a sexy e elegante Alex. Em compensação, o filme pisou na bola na composição de Natalie, afinal ela é uma ótima profissional, mas que foi retratada de uma forma infantil, quase patética, o que é estranho numa garota ambiciosa (ela é até formada em psicologia).
Abordando uma América em plena crise econômica, Amor Sem Escalas mostra um mundo sem emoção, vida, em que o objetivo para continuar nessa rotina são tão fúteis (milhas aéreas, cartões corporativos) que acabam refletindo num estilo de vida vazio, sem graça e tediante.

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