terça-feira, janeiro 04, 2011

A Rede Social


O que você faria após levar o pé na bunda de alguém? Bom! Iria encher a cara e esquecer a ingrata (o) certo? Mark Zuckerberg, um nerd que estuda computação na conceituada universidade de Havard faz isso e mais um pouco. Para se vingar do sexo oposto, ele detona a ex no seu blog, e cria um site comparando a mulherada da universidade, causando o maior congestionamento na rede da faculdade. Assim, ele começou a criar inimigos (as mulheres) mas chamou atenção de muita gente pois em conta de sua ousadia acabou se tornando numa peça perfeita para criação de site de relacionamento que mais tarde causaria uma revolução nos costumes, o Facebook. Mas para chegar nesse ponto, Mark teve que passar a perna em um trio de ricaços; enfrentar dilemas com o seu melhor amigo, Eduardo Saverin; e ainda sofreu influências do ambicioso Sean Parker, criador da Napster.
O novo filme de David Fincher surpreende pelo tom realista e até humano, já que mostra os defeitos de todos os personagens, especialmente a amizade entre o antisocial e extremamente altruista Mark e o correto e pé-no-chão mas ingênuo Eduardo. De tom levemente teatral, Fincher disseca o processo da confusão que foi a criação do Facebook, exibindo todos os personagens vitais para o seu surgimento, e no decorrer da estória vai desenrolando através de eficientes flashbacks. Com uma narrativa sem erros, correta, pode até frustrar quem espera algo como o singular Clube da Luta. Aliás, muitos vêem semelhanças nos dois filmes pois o diretor faz um estudo sobre uma geração que se tornou cada vez mais isolada (geração anos 90 e 2000). Se em Clube da Luta o personagem precisa dar e levar porrada para sair do marasmo de sua vida, da sua redoma de vidro e da sua solidão; em A Rede Social, todos os envolvidos são pessoas fechadas que vêem a net como salvação econômica e pessoalmente. Ironicamente, foram os nerds, seres fechados, que criaram a rede de tecnolgia da informação que desencadeou todas as variadas formas de comunicação. De certa forma, eles queriam ganhar dinheiro, mas também criar uma ferramenta para entrar em contato com as pessoas, com o mundo. Por isso que os nerds tem uma imagem positiva hoje. O mundo e principalmente a juventude agradece.

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