sábado, junho 04, 2011

Minhas Mães e Meu Pai



O mundo está mudando. Sei que isso parece clichê e é mesmo mas não se pode mudar este fato. E o filme Minhas Mães e Meu Pai reflete bem isso. Mesmo exibindo uma família nada tradicional (formado por um casal de lésbicas e seus dois filhos entrando na fase adulta) mostra que como somos vítimas de circunstâncias que não podemos dominar, controlar. A partir do desejo de Laser em descobrir o seu pai biológico (tanto ele quanto sua irmã Joni foram concebidos através de doação de sêmen), os dois acabam encontrando ele as escondidas de suas mães que se encontram num momento complicado, instável em suas relações. Perante a entrada desse estranho, especialmente chamado Paul, dono de restaurante orgânico natureba cool que acaba encantando os seus filhos e desestabilizando o casal Nic e Jules.
Minhas Mães e Meu Pai, como próprio título já sugere, dá ênfase a esse trio que tem uma ótima interpretação de Mark Ruffalo, Julianne Moore e Annette Bening (que corajosamente mostra os efeitos da sua idade), mas que confesso que de início a obra de Lisa Cholodenko decepciona pela introdução previsível (existem cenas que o público já saca aonde a estória vai chegar como o caso da dúvida da opção sexual de Laser). Aos poucos o filme vai ganhando empatia ao mostrar toda a vulnerabilidade desta família, exibindo que não existe família perfeita, e que o amor e o respeito é a base para um bom relacionamento. Mas mesmo assim, esperava mais, embora tenha assistido a um bom drama familiar.

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