segunda-feira, setembro 05, 2011

Trabalho Sujo



Trabalho Sujo bebe muito do ótimo Pequena Miss Sunshine, mas lhe faltou carisma e sensibilidade no argumento - a participação de Alan Arkin como o avô doidão pesa ainda mais na comparação, aliás o ator americano deveria variar nos personagens para não se estereotipar. E como quase sempre toda obra indie americana fala sobre os fracassados, loosers. Rose e Norah são irmãs e se encontram na mesma situação: não conseguiram subir na vida. Norah não curte responsabilidade e não estuda, o seu lance é beber, fumar um baseado. Já Rose, que na escola foi a garota mais popular, se tornou uma espécie de diarista - só o fato de cuidar sozinha do filho e ter um caso com um antigo amor da escola, que se encontra casado com outra, reforça o seu descontentamento com a sua vida. Desesperada por dinheiro, aceita a ideia sugerida por seu amante de limpar uma casa após a ocorrência de um crime. Percebendo um mercado inexplorado na cidade, Rose decide, com o auxílio de sua irmã, abrir uma empresa que faz serviços de limpeza em lugares que alguém morreu (por crime, suicídio ou morte natural). Com o trabalho indo de vento em popa, ela e Norah buscam uma nova guinada para melhorar as suas vidas.
Com um enredo agridoce, esperava-se muito mais em conta do ótimo elenco, afinal Amy Adams e Emily Blunt juntas como irmãs valem uma espiada. Pena que a personagem de Emily seja pouco explorada, não tenha tanta força. Já Amy ganha mais destaque - a cena em que Rose conversa com a mãe morta via radio do carro é linda, a melhor do filme. Pena que o resto da obra não brilhe tanto.

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