sábado, janeiro 07, 2012

Brilho de uma Paixão



Brilho de uma Paixão é um típico filme da meio sumida neo-zelandesa Jane Campion. Bem produzido, linda fotografia em que o diretor de fotografia Greig Fraser exibe as quatro estações do ano nos campos rurais ingleses, bonita trilha sonora e uma visão sensível sobre o amor e as adversidades da vida. E como na sua obra-prima, O Piano (1993), acompanha a vida de uma garota ousada nos tempos conservadores do seculo 19. Independente, tem atitude, não liga para as convenções sociais da época. Fanny Brawne é uma espécie de designer de moda, que tem uma vida confortável, mas que nunca se apaixonou por alguém. Mas o cupido faz o seu serviço quando surge o poeta John Keats. E o instrumento que os une também é o seu principal obstáculo: a poesia. Como o seu trabalho literário rende pouco dinheiro, e muitas dívidas (e todos relutam a essa relação, já que ele não tem condição de sustentar uma família), Keats reluta ao máximo em levar essa paixão adiante. Mas Fanny não liga para esse detalhe e viva o amor!; porém, o poeta não quer desistir do seu ofício o que acarretará em um empecilho no seu romance. Campion explora a entrega de uma garota obstinada ao romance, ao amor; e como esse sentimento é tão bonito como doloroso. E o casal Abbie Cornish e Ben Whishaw mostra boa sintonia numa produção que lembra demais os belos dramas de época ingleses.

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