sábado, março 10, 2012

Cavalo de Guerra

War Horse, EUA, 2011
Direção: Steven Spielberg
Elenco: Jeremy Irvine, Emily Watson, Peter Mullan, David Thewlis

Com Cavalo de Guerra, Spielberg faz uma bonita homenagem ao cinema de ouro de Hollywood, citando de John Ford a ...E o Vento Levou. Mas a obra me fez lembrar demais de Stanley Kubrick, da crítica bélica de Glória Feita de Sangue e Nascido para Matar; como também a evolução tecnológica. Se em 2001: Uma Odisséia no Espaço, o osso se transforma em nave espacial, numa cena de Cavalo de Guerra, a transposição fica clara entre um lado os cavalos (arcaico) e no outro as metralhadoras (novo). E são nesses detalhes que o filme me conquistou, além de mostrar a guerra sob o ponto de vista de um cavalo. E mesmo na visão eqüina, a guerra nunca é bonita – a cena do cavalo preso sob os arames é de cortar o coração. E olha que a fotografia de Janusz Kaminsky é linda, particularmente no seu lindo epílogo, considero a melhor coisa do filme. Porém, o filme tem defeitos por expôs velhos hábitos do diretor, como o sentimentalismo descarado como na cena do reencontro do cavalo com o seu antigo dono, também debilitado. E a fraquíssima trilha sonora de John Williams que põe mais lenha nessa fogueira. Mas fico triste pela história ser passada na Europa e os personagens franceses e alemães falam inglês!!! É forçar a barra – nem Tarantino fez isso em Bastardos Inglórios. E também o diretor não explorou explicitamente um dado desconhecido da Primeira Guerra Mundial: o extermínio de cavalos nas batalhas. Mas no fim das contas gostei do filme, não é tão ruim como a crítica informa.

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