sábado, março 09, 2013

Django Livre

(Django Unchaned, EUA, 2012)
Direção: Quentin Tarantino
Elenco: Jamie Foxx, Christoph Waltz, Leonardo DiCaprio, Samuel L. Jackson.

Esperei com ansiedade o novo trabalho de Tarantino, Django Livre, o seu primeiro filme sem a sua habitual editora Sally Menke, morta há alguns anos. Responsável pela criação do estilo do mestre, senti falta do humor e espontaneidade de sua colega. Mesmo sendo um ótimo filme, Django Livre tem problemas com o ritmo, em conta de sua longa duração (me peguei olhando o relógio durante a sua projeção) e uso excessivo de canções ao invés de uma trilha mais instrumental que fica fora de foco na narrativa. Contudo, o visual é primoroso e o elenco arrebenta. Jamie Foxx tá charmoso como protagonista e Christoph Waltz tá ótimo mesmo sendo deja vú de Bastardos Inglórios (mas agora ele é bonzinho). Mas fiquei surpreso pela ótima química da inusitada dupla Leonardo DiCaprio e Samuel L. Jackson. Eles é que deveriam estar no Oscar. E vendo pelo retrospecto, o forte de Tarantino são os personagens femininos (contrariando Cães de Aluguel e Pulp Fiction). Que Shoshana, a Noiva e Jackie Brown que o diga. E justamente aqui aparece um dos pontos fracos de Django Livre: Broomhilda, a única personagem feminina do filme. Peça-chave na narrativa da estória, porém sua presença é explorada em poses, sem compreendermos o seu passado e o porquê Django a ama tanto. Essa falta de tato diminui a força do filme, tornando esta mulher é uma das personagens mais sem sal do universo tarantiano.

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