Direção: Madonna
Elenco: Eugene Hutz, Vicky McClure, Holly Weston, Richard E. Grant
Eu sempre defendi a idéia de que no seu primeiro filme, o diretor tem o direito de errar até para ganhar mais experiência. Mas Madonna foi fundo no conceito e extrapolou. Em Sujos e Sábios, a rainha do pop faz um trabalho “pop” com linguagem e montagem ágeis, porém sem sentido algum. E os diálogos além de previsíveis são pavorosos – em que aqui e acolá surgem citações cinematográficas, de Laranja Mecânica a Acossado. Ou seja, a mulher já estampa que sabe de cinema. Ok! Mas faltou mão, melhor, neurônio na condução do enredo de três jovens que moram em Londres, juntos no mesmo apartamento, que lutam para sobreviver e também se divertir um pouco. E olha que os três personagens têm conexão com a estória da Madonna: a primeira garota quer salvar a África (Madonna tem uma ONG lá); a segunda garota é uma bailarina que quer virar stripper (Madonna faz isso nos seus shows); e o rapaz canta numa banda (nem preciso dizer o que Madonna faz).
Enfim, ainda não entendi o porquê de tanto erros nessa produção, já que a Madonna é conhecida na mídia pelo perfeccionismo e nesta obra ela derrapa feio. Inaceitável.
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