domingo, setembro 01, 2019

Vermelho Sol

(Rojo, Argentina/Brasil/França/Alemanha, 2018)
Direção: Benjamim Naishtat
Elenco: Dario Grandinetti, Andrea Frigerio, Alfredo Castro, Diego Cremonesi.

Em uma pacata província da Argentina, fatos obscuros acontecem: um renomado advogado, Cláudio, se envolve em um crime; pessoas importantes fogem do lugar; um colega da filha de Cláudio desaparece; e por fim a presença de um policial de Buenos Aires deixa tudo mais tenso. Estamos em 1975.
O diretor Benjamim Naishtat usa e abusa da estética do cinema da década de 70 como zooms, câmeras estáticas, a fotografia amarelada (do brasileiro Pedro Sotero) e a perturbadora trilha sonora de Vincent van Warmerman. Vale destacar também que Vermelho Sol recorda A Fita Branca de Michael Haneke ao analisar o ovo da serpente da política fascista. Se o governo se torna autoritário, parece que essa mudança influencia o comportamento dos civis. Assim, o filme critica a ditadura com outros olhos por isso que a obra não é tão fácil de digerir ao expor a fragilidade política como motor para o medo e atitudes impensáveis as pessoas que a principio são exemplo de postura na sociedade. Um filmaço argentino, e um tapa na cara para quem brinca com o fascismo.

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