domingo, junho 15, 2025

Lançamentos nos Streamings

BETTER MAN: A HISTÓRIA DE ROBBIE WILLIAMS
(Inglaterra/EUA, 2024) de Michael Gracey
Amazon Prime
Musical. Um macaco falante se torna uma celebridade ao investir na carreira de cantor.


BICHO DE SETE CABEÇAS
(Brasil, 2000) de Laís Bodanzky
Mubi
Drama. Jovem está em tratamento desumano em uma clinica psiquiátrica só porque a sua família o viu com um baseado.



CABO DO MEDO
(Cape Fear, EUA, 1991) de Martin Scorsese
Netflix
Suspense. Ao sair da prisão, homem busca vingança contra o seu antigo advogado de defesa.



OS FALBERMANS
(EUA, 2022) de Steven Spielberg
Netflix
Drama. Um jovem apaixonado pelo cinema testemunha um fato incomum de sua própria família.


HARRY E SALLY: FEITOS UM PARA OUTRO

(When Harry Met Sally, EUA, 1989) de Rob Reiner
Mubi
Comédia. Casal que se conheceu na universidade vivem se esbarrando em Nova Iorque com o passar do tempo.


PEARL
(EUA, 2023) de Ti West
Netflix
Terror. Garota desequilibrada faz de tudo para sair da fazenda e alcançar o estrelato em Hollywood.



QUATRO CASAMENTOS E UM FUNERAL

(Four Weddings and a Funeral, Inglaterra, 1994) de Mike Newell
Mubi
Comédia. Solteirão bonitão sempre se esbarra com uma bela americana em quatro casamentos e um funeral.

terça-feira, junho 10, 2025

Marte Ataca!

(Mars Attacks!, EUA, 1996)
Direção: Tim Burton
Elenco: Jack Nicholson, Glenn Close, Pierce Brosnam, Annette Bening.

O presidente dos Estados Unidos recebe uma notícia da chegada de naves alienígenas ao Planeta Terra. E o que ele faz? Comunica a todos que uma nova era está chegando, e que está preparando um evento para recepção dos marcianos. A inesperada visita se torna um acontecimento importante para alguns, mas para outras as preocupações terrenas são mais importantes. No entanto, o primeiro contato alienígena não sai como esperado após os marcianos realizarem um massacre após ver uma pomba da paz voar.
Após a linda homenagem a ficção científica B com o comovente Ed Wood, Tim Burton voltar a temática mas com tom de galhofa. Em Marte Ataca!, adaptação de figurinhas da empresa Topps Comapny, o humor escrachado mira no estereótipo da política, militarismo, mídia e população alienada. Aqui, o humor parece extraído de algum episódio de Os Simpsons. E esse se torna o problema do filme. O roteiro só tem bala por um tempo e depois o  efeito passa. E diante de tantos personagens como um presidente abobalhado, militar psicótico, jornalista almofadinha, esotérica alcoólatra, o trabalho de Burton cai no óbvio, e ainda tenta incluir um núcleo normal mais normais como uma família afrodescendente e o neto que cuida de sua avó. Não é de estranhar que o filme se tornou um fiasco de bilheteria em uma época em que o público (estadunidense) exaltava filmes mais patriotas. Marte Ataca! vai na contramão e não tem medo de expor a sociedade americana. Mas o filme de Burton tem pontos altos como a ótima trilha sonora de Danny Elfman que bebe dos filmes matinês dos anos 1950. O design de produção também é caprichado em especial ao hilário visual dos alienígenas. Mas o humor negro melhorou com o tempo pois se naquela época a notícia da existência de marcianos causaria alvoroço; hoje o mundo está tão doido que só causaria uma mera curiosidade. Ou um certo alivio a uma humanidade que demonstra extremamente falha.

quinta-feira, junho 05, 2025

Homem com H

(Brasil, 2025)
Direção: Esmir Filho
Elenco: Jesuita Barbosa, Hermila Guedes, Romulo Braga, Bruno Montaleone.

Nos anos 1930, um garoto que cultua a natureza e não tem medo do pai violento vive em um ambiente familiar nada sadio. E com o passar dos anos, este garotinho chamado Ney cresce e junto à vontade de viver e enfrentar o mundo através da arte. E a sua voz diferente se torna um instrumento poderoso para sacudir a careta música popular brasileira (e a ditadura no auge da repressão) com o surgimento da banda Secos & Molhados. E assim surge uma das carreiras mais vibrantes da cultura brasileira.
Ney Matogrosso é sem sombra de dúvida uma das vozes mais singulares que o Brasil já teve. Mas por trás desse dom extraordinário, o filme de Esmir Filho (do lindo Os Famosos e os Doentes da Morte) é uma rica cinebiografia de um homem que vai além de sua arte. Aqui o filme dá vida a um ser que se entregou ao mundo artístico como bandeira da liberdade. Dessa maneira, a obra foca a história de Nei Pereira da infância de relacionamento difícil com o pai opressor para o livramento ao sobreviver no artesanato e na música. Mesmo com o homenageado ainda vivo e bastante ativo, Homem com H aborda particularmente dois tópicos: a liberdade de expressão perante os anos de chumbo da ditadura na década de 1970; e o pesadelo da epidemia da AIDS nos anos 1980. No governo militar sua condição afrontando tanto a sociedade e até mesmo a classe artística que não estava preparado pela sua audácia causou escândalo. Com fim do regime, o protagonista testemunha a morte na década seguinte mas consegue se manter erguido.
Se o personagem é um monumento que qualquer cineasta sonha em filmar, Esmir Filho tem um olhar certeiro ao escalar Jesuíta Barbosa no papel principal. O ator que já comprovou o seu talento em vários filmes, aqui ele chega no apogeu numa atuação revigorante e quase uma cópia do Ney. Em certos momentos fica difícil distinguir o que é real e ficção. Mas admito que no início fiquei incomodado com os cacoetes que o ator criou (olhos arregalados, a postura curvada) na vida privada mas depois aceitei. Homem com H é uma acertada filmografia de  um artista em busca de sua essência: a liberdade. E Ney representa alguém que encarou a todos com a sua postura nada arrogante quer é viver imensamente sem amarras sociais.

domingo, junho 01, 2025

Pecadores

(Sinners, EUA, 2025)
Direção: Ryan Coogler
Elenco: Michael B. Jordan, Miles Caton, Delroy Lindo, Hailee Stenfeld.

No interior do Mississipi nos anos de 1930, os irmãos gêmeos Fumaça e Fuligem voltam a terra natal cheios da grana (extraídos de forma ilegal) para abrir um clube de música para os seus amigos negros. Mas a abertura desse  estabelecimento se transforma numa jornada para encarar o tubo lento passado e outras criaturas que despertam com a força do blues.
Admito que não tinha expectativa no novo filme de Ryan Coogler, Pecadores, pois a filmografia do diretor nunca me atraiu (Creed a Pantera Negra). E assim foi uma baita surpresa sair da sessão de seu último filme. Se a obra inicia como um drama leve de época vai se transformando em um musical cheio de blues até dar um salto inesperado para o terror. Criatividade é o que não falta em Pecadores. E no fim fiquei hipnotizado pois da obra lembra demais brasileiro Bacurau pois além da mistura insana de gêneros, ambos tocam fundo temas em comum como identidade e resistência. O filme de Coogler é uma montanha russa orquestrada pela trilha sonora matadora do sempre ótimo Ludwig Göransson que ajuda na imersão e nas ótimas surpresas que o enredo proporciona. O elenco está ótimo em que os atores coadjuvantes roubam a cena como Wunmi Mosaku que interpreta a ex-mulher de um dos protagonistas, e Delroy Lindo bem a vontade num personagem que oscila em drama e humor. E o ponto alto do filme é a sequência da abertura do clube em que a câmera baila no salão ao som de vários ritmos misturando o antigo blues com estilos atuais como a música eletrônica.
Pecadores é uma obra surreal que não tem medo de tocar em certas feridas, e ainda expor que certas cicatrizes ainda persistem no tempo como é o caso da caça a cultura diversas em que os negros resistem no direito de legitimar as suas raízes e  culturas perante a opressão racial dos Estados Unidos. Um filme essencial...além de divertido.

sexta-feira, maio 30, 2025

Festival de Cannes 2025


Nos dias 13 a 24 de maio - como nas edições anteriores - iniciou o festival mais importante do mundo (além de charmoso), o Festival de Cannes. Presidida pela atriz francesa (e um símbolo do cinema europeu) Juliette Binoche. Nesta edição, a competição oficial pela Palma de Ouro apresentou uma ótima seleção de filmes em que o tom político foi o seu forte. Já nos bastidores a taxa de 100% do presidente dos EUA, Trump, aos filmes estrangeiros foi uma das pautas principais. o que acabou refletindo na inconsistente seleção de obras estadunidenses que não atraíram os olhos. a exceção foi Die, My Love de Lynne Ramsay, e Highest 2 Lowest de Spike Lee. Resultado: Hollywood saiu de mãos abanando na Riviera francesa. Assim, o júri focou em produções de vários cantos do mundo, e Binoche e companhia realizaram uma das premiações mais sensatas nos últimos anos. A palma de ouro caiu nas mãos do iraniano Um Simples Acidente de Jafar Panahi. Aqui, outro cineasta caçado pelo governo de seu país, e aborda o autoritarismo desenfreado do Irã. Outros destaques do festival: Sentimental Value (Noruega), um comovente drama familiar de Joachim Trier; Nouvelle Vague (França), a homenagem de Richard Linklater ao mitológico bastidores de Acossado; Sirat (Espanha), uma rave cheia de energia e loucura de Oliver Laxe; Two Prosecutors (Ucrânia) e o pesadelo do autoritarismo soviético de Sergei Loznitsa; e Sound of Falling (Alemanha), um perturbador drama feminista de Mascha Schilinski.

Mas sem dúvida nenhuma, o Brasil atraiu os olhares com a nova e consagradora obra do mestre pernambucano Kleber Mendonça Filho. Ao som de frevo, o thriller político O Agente Secreto passou como um furação e atraiu a atenção da critica mundial, e principalmente do júri do festival. Mesmo que não tenha ganha o prêmio máximo - em compensação - o filme ganhou dois importantíssimos prêmios: a de melhor ator para Wagner moura, e de melhor diretor. Duas categorias que chama a atenção de qualquer cartaz, e com certeza será uma das atrações do cinema mundial no daqui pra frente. E sai de Cannes com munição pra fazer bonito na próxima temporada de premiação. E reforçando o ano espetacular que o cinema brasileiro está vivendo.

***

A lista dos vencedores do Festival de Cannes 2025:

Palma de Ouro: Um Simples Acidente (Irã) de Jafar Panahi
Grande Prêmio do Júri: Sentimental Value (Noruega) de Joachim Trier
Prêmio do Júri: Sirat (Espanha) de Oliver Laxe e Sound of Falling (Alemanha) de Mascha Schilinski
Melhor Direção: Kleber Mendonça Filho - O Agente Secreto (Brasil)
Melhor Roteiro: Jean Pierre e Luc Dardenne - The Young Mothers´s (Bélgica)
Melhor Atriz:  Nadia Melliti - The Little Sister (França)
Melhor Ator: Wagner Moura - O Agente Secreto (Brasil)
Câmera D´Or (melhor filme de estréia): The President´s Cake (Iraque) de Hasan Hadi
Prêmio Especial: Resurrection (China) de Bi Gan

terça-feira, maio 20, 2025

Destaques nos Cinemas

HOMEM COM H

(Brasil, 2025) de Esmir Filho
Drama. Cinebiografia de um dos maiores e mais transgressores artistas que o Brasil teve: Ney Matogrosso.



MEMÓRIAS DE UM CARACOL

(Memoir of a Small, Austrália, 2024) de Adam Elliot
Animação. Jovem de passado cruel rever a sua vida graças a amizade com uma senhora cheia de vida.



OS ENFORCADOS

(Brasil, 2025) de Fernando Coimbra
Suspense. Casal vive uma relação saudável mas o passado de um deles esta prestes a destruir essa harmonia.



MANAS
(Brasil, 2025) de Marianna Brennand
Drama. Uma adolescente luta para fugir da miséria e violência da Ilha de Marajó com o desejo de uma vida mais digna.

quinta-feira, maio 15, 2025

Lançamentos nos Streamings

BIRDMAN OU (A INESPERADA VIRTUDE DA IGNORÂNCIA)
(EUA, 2015) de Alejandro González Iñárritu
Netflix
Drama. Cultuado ator tenta dar a volta por cima em uma tumultuada peça da Broadway.


HEREGE
(Heretic, Inglaterra, 2024) de Scott Beck e Bryan Woods
Amazon Prime
Terror. Duas garotas missionárias tem a sua fé testada por um perturbado senhor.



O HOMEM QUE COPIAVA
(Brasil, 2003) de Jorge Furtado
Netflix
Comédia. Jovem humilde se apaixona por uma vizinha e faz de tudo para chamar a atenção da nova paixão.



LONGLEGS - VÍNCULO MORTAL
(EUA, 2024) de Osgood Perkins
Amazon Prime
Suspense. Jovem agente do FBI tenta desvendar a identidade de um serial killer que está aterrorizando uma pequena cidade.


MISSÃO MADRINHA DE CASAMENTO
(Bridesmaids, EUA, 2012) de Paul Feig
Netflix
Comédia. Mulher fica apavorada quando a sua melhor amiga lhe convida para ser a sua madrinha de casamento.



SARTUDAY NIGHT LIVE - A NOITE QUE MUDOU A COMÉDIA
(EUA, 2024) de Jason Reitman
Max
Comédia. Jovens comediantes tem a inédita missão de realizar um programa de comedia na TV ao vivo.


TRÊS HOMENS EM CONFLITO
(Il Bruono, Il Brutto, Il Cattivo, Itália, 1966) de Sergio Leone
Mubi
Faroeste. Três homens procuram uma grande quantidade de dinheiro no meio da Guerra Civil Americana.



UM HOMEM DIFERENTE

(A Different Man, EUA, 2024) de Aaron Schimberg
Mubi
Drama. Após realizar procedimento estéticos em virtude de uma doença, jovem ator vive um pesadelo com o novo visual.



WICKED
(EUA, 2024) de Jon M. Chu
Amazon Prime
Musical. Jovem retraída descobre ser uma poderosa bruxa mas que o seu dom pode transformar o mágico Oz.

sábado, maio 10, 2025

Oeste Outra Vez

(Brasil, 2024)
Direção: Érico Rassi
Elenco: Angelo Antônio, Babu Santana, Rodger Rogério, Daniel Porpino.

Toto é o dono de uma simples mercearia é uma região miserável do interior de Goiás. Mas a sua rotina muda em virtude de uma sede de vingança após a sua companheira trocá-lo por outro homem chamado Durval. Toto jura ao inimigo que a sua morte foi encomendada ponto e assim, a emboscada inicia entre os dois homens na luta pela sobrevivência.
Faroeste é um gênero de Hollywood por excelência mas que sempre atraiu cineastas de vários pontos do mundo: do japonês Kurosawa ao italiano Leone. E se os gênero ganhou um novo fôlego chamado neo-western entre as décadas de 2000 a 2010 com sucesso como Onde os Fracos Não Tem Vez e A Qualquer Custo - um cineasta de Goiás ousa a utilizar elementos clássicos desse gênero e realiza uma das obras mais originais e divertida dos últimos anos do cinema brasileiro. Em Oeste Outra Vez, Érico Rassi (diretor de outra obra que bebe no faroeste, Comeback) convida o público a embarcar em um universo tão insólito ao expor a vulnerabilidade do homem diante do empoderamento feminino. Não é para menos que o único momento em que mostra uma mulher no filme, a atriz Tuanny Araújo  aparece desfilando - e pouco se lixando a violência dos seus parceiros. 
Oeste Outra Vez retrata uma região árida, seca, lindamente fotografado por André Carvalheira que reflete o ódio e desespero de homens que recusam a solidão. As cenas noturnas podem atrapalhar a imersão na história mas tem uma justificativa: o ego segue dos protagonistas. Os personagens masculinos poderiam cair na caricatura facilmente mas o roteiro fantástico trata com humanidade homens com bastante testosterona mas que não aceitam a realidade. Toto e Durval são dois tolos passionais que lutam por uma mulher que já virou a página (e provavelmente está em outra relação). Assim, o pistoleiro/jagunço Jerominho rouba cena ao representar a consciência e o absurdo de sua missão; e que revela o seu triste e doloroso passado no timing perfeito de Rodger Rogério que oscila entre melancolia e humor com propriedade. 
O filme brinca com o tempo em que se passa a história pois os personagens e o próprio lugar parece ter parado no tempo em que os atuais celulares e um antigo orelhão convivem juntos. Dá a impressão de um lugar abandonado o que reflete a carência dos protagonistas. Mas o ponto alto é o seu surpreendente senso de humor. Érico Rassi não tem vergonha de expor o ridículo de homens criando um jogo de violência por pura infantilidade. Assim, o filme se assemelha a outra obra-prima dos irmãos Coen, Fargo (que tem um DNA no neo-western). 
Outra descoberta deliciosa é como os clássicos da música brega (e bastante presente no filme) recordam o estilo do mestre Ennio Morriconi, o que só aumenta o charme e também aproxima o público a este mundo abandonado. 
Oeste Outra Vez dosa com perfeição a violência, a truculência de corações partidos associado a um senso de absurdo em um universo hostil e tremendamente viril. Uma baita surpresa do cinema brasileiro 

segunda-feira, maio 05, 2025

Mickey 17

(EUA/Coréia do Sul, 2025)
Direção: Bong Joo Ho
Elenco: Robert Pattinson, Mark Ruffalo, Toni Collette, Naomi Acke.

No futuro, um homem chamado Mickey tenta fugir da Terra e embarcar numa missão espacial. No entanto, ele não esperava participar de um experimento de um político, Kenneth Marshall,  com sede de imperador em que se tornará um "descartável". Esta função tem a finalidade de realizar missões suicidas em um outro planeta pois Marshall decide habitar um planeta com a sua corja. Mas após morrer, uma tecnologia imprime um corpo e implanta suas memórias para ressuscitá-lo. E isso acontece 17 vezes até surgiu um fato inesperado.

Após o sucesso avassalador de Parasita, o próximo projeto de Bong Joo Ho cai de cabeça no estilo consagrado do diretor: uma crítica ao capitalismo com um senso de humor e crítico desconcertante. e também retorna numa linguagem tipicamente do sistema coreano atual de usar a criatividade ao explorar diversos elementos com bastante unidade. Mas é neste ponto o grande calcanhar de Aquiles de Mickey 17. Se a primeira parte é uma maravilha ao abordar o homem como um ser descartado em um sistema cruel - e estritamente atual - o que levanta tópicos que vai da política a filosofia. Já a segunda parte engata outros temas com colonialismo à lá Avatar mas de uma forma bagunçada. O que é uma pena. Mesmo assim a produção é de encher os olhos em que a trilha sonora sensível de Jaeil Jung chama atenção (incluindo o uso de um delicado tango). Outro ponto positivo é o ótimo elenco em que Mark Ruffalo está hilário como um Donald Trump sem noção - o que dialoga com a nossa atualidade, infelizmente. Mas é Robert Pattinson que rouba a cena ao impor um  trabalho minucioso e delicado ao dar vida a um ser que deseja com força fugir de um destino que parece sempre tapear.
Mickey 17 é uma sátira futurista irregular que conversa com o mundo atual em que a humanidade é cada vez mais descartada perante uma sociedade ideal...que não existe.

quinta-feira, maio 01, 2025

Um Completo Desconhecido

(A Complete Unknow, EUA, 2024)
Direção: James Mangold
Elenco: Timothée Chalamet, Edward Norton, Ellen Fanning, Monica Barbaro.

No início da década de 1960, um jovem desconhecido chamado Bob Dylan chega em uma Nova Iorque que fervilha culturamente em virtude das mudanças do período. Assim, o cantor vira um queridinho da música tradicional dos EUA, e tendo a sua carreira moldada e controlada por seus pares. Esse controle não é bem visto pelo jovem astro que decide se rebelar contra um sistema que parecia ser flexível. Ao mesmo tempo revela um rapaz extremamente passional ocasionando em relacionamentos amorosos que tendem ao fracasso.
A maturidade de um gênio. Um Completo Desconhecido é um drama convencional e protocolar de James Mangold que surpreende ao focar os conflitos de um artista que lida com intensidade as suas decisões autorais e uma vida particular atribulada e passional. Mangold não tem medo de expor um cantor e suas imperfeições mas que demonstra ser um autor dono de sua própria carreira. Aqui Dylan encontra o cenário perfeito para quebrar as amarras da indústria musical e que para isso inevitavelmente afetou e machucou os mais próximos. Um Completo Desconhecido demonstra com sensibilidade à luta de um artista sendo autêntico com a sua voz, e sua genialidade. E o ator Timothée Chalamet simplesmente arrasa no icônico papel ao impor a voz e visual marcante e característico de Dylan - além de imprimir com talento a força e a vontade de fazer o que quiser. E serve como bom contratempo a outra biografia do mestre do cancioneiro estadunidense, "Não Estou Lá" de Todd Haynes, em que fez uma obra mais artística e fora da caixinha. Mas vale conferir o filme de Mangold; é uma delícia de assistir e ouvir nos cinemas os clássicos de Dylan do início de carreira.

sexta-feira, abril 25, 2025

Festival de Berlim 2025


 

Nos dias 13 a 23 de fevereiro aconteceu o primeiro grande festival do ano, o Festival de Berlim. Nesta edição o festival foi presidido pelo cineasta estadunidense Todd Haynes que premiou o norueguês Dreams (Sex Love) de Dag Johan Haugerud, um drama em que uma aluna se apaixona pela sua professora de piano. Outros destaques são: o mexicano Dreams de Michel Franco em que um bailarino mexicano foge para os EUA em busca de uma melhor oportunidade na dança; o chinês Living the Land de Huo Meng em que relata as mudanças sociais da China a partir da década de 1990; o francês The Ice Tower de Lucile Hadzihalilovic, uma fantasia sobre os bastidores de uma adaptação cinematográfica de A Rainha da Neve; o alemão What Marielle Knows de Frédéric Hambalek em que uma adolescente tem o poder de ler a mente o que desestabiliza os seus pais; o estadunidense Blue Moon de Richard Linklater que relata os bastidores do clássico da Broadway Oklahoma!; o romeno Kontinental '25 de Radu Jude que aborda o sentimento de culpa de um oficial de justiça após o suicídio de um morador de rua; o estadunidense Mikey 17 de Bong Joon Ho, uma comedia sci-fi em que no futuro um soldado tem consciência que o seu corpo serve como experiências do governo; o alemão Islands de Jan-Ole Gerster que conta a estória de um ex-tenista que vive num resort paradisíaco mas que percebe que se encontra num inferno particular; e o canadense Honey Bunch de Madeleine Sims-Fewer e Dusty Mancinelli, um suspense em que uma esposa retorna de um coma e no tratamento de saúde recorda de traumas do casamento.

Já o cinema brasileiro brilhou como nunca ao exibir 12 filmes. E com essa quantidade o destaque ficou para A Melhor Mãe do Mundo de Anna Muylaert que relata mãe e filhos embarcando em uma jornada para fugir de uma vida de abusos. Mas foi o filme do pernambucano Gabriel Mascaro que conquistou o festival com as melhores criticas desta edição - e conquista o Urso de Prata com a ficção O Último Azul em que no Brasil do futuro, uma idosa se aventura na Amazônia antes de ser locada em uma colônia..


***

A lista dos vencedores do Festival de Berlim 2025:

Urso de Ouro de Melhor Filme: Dreams (Sex Love) (Noruega) de Dag Johan Haugerud

Urso de Prata (Grande Prêmio do Júri): O Último Azul (Brasil) de Gabriel Mascaro

Urso de Prata de Melhor DiretorHuo Meng - Living the Land (China)

Urso de Prata de Melhor Interpretação: Rose Byrne - If I Had Legs I'd Kick You (EUA)

Urso de Prata de Melhor Interpretação Coadjuvante: Andrew Scott - Blue Moon (EUA)

Urso de Prata de Melhor Roteiro: Kontinental '25 (Romênia) de Radu Jude

Urso de Prata - Prêmio do Júri: The Message (Argentina) de Iván Fund

domingo, abril 20, 2025

Destaques nos Cinemas

UM DIA DAQUELES

(One of Them Days, EUA, 2025) de Lawrence Lamont
Comédia. Com medo de serem despejados de sua moradia, duas amigas embarcam em uma grande confusão.

terça-feira, abril 15, 2025

Lançamentos nos Streamings

AINDA ESTOU AQUI
(Brasil, 2024) de Walter Salles
Globoplay
Drama. Na turbulência da ditadura brasileira, esposa cuida da família e busca pistas ao desaparecimento de seu marido.


CHICAGO
(EUA, 2002) de Rob Marshall
Netflix
Musical. Jovem cantora mata o marido e o seu caso se torna uma sensação midiática em Chicago.



OS COLONOS
(Los Colonos, Chile, 2023) de Felipe Gálvez Haberle
Max
Drama. Homens são contratados proteger um imenso território e exterminar os índios originais da região.




CONCLAVE
(Inglaterra/EUA, 2024) de Edward Berger
Amazon Prime
Suspense. Após a morte do papa, um cardeal é convocado para a eleição de um novo papa e testemunha a luta pelo poder no Vaticano.


EU VI O BRILHO DA TV
(I Saw the TV Glow, 2024) de Jane Schoenbrun
Max
Terror. Jovem é seduzido por um misterioso programa de TV lhe causando estranhas sensações.



GRAND TOUR
(Portugal, 2024) de Miguel Gomes
Mubi
Drama. Uma mulher busca o ex-noivo que fugiu para o exótico sudeste asiático do início do século 20.


HAIR

(EUA, 1979) de Milos Forman
Mubi
Musical. Antes de lutar na Guerra do Vietnã, jovem conhece e se encanta por um grupo de hippies.

MANCHESTER À BEIRA-MAR
(Manchester by the Sea, EUA, 2016) de Kenneth Lonergan
Netflix
Drama. Jovem perdido é obrigado a enfrentar o seu doloroso passado ao ser o tutor de seu sobrinho.


AS PATRICINHAS DE BERVELY HILLS
(Clueless, EUA, 1995) de Amy Heckerling
Netflix
Comédia. Adolescente popular gosta de ajudar os colegas mas não hora de se ajudar mete os pés pelas mãos.


UM PEIXE CHAMADO WANDA

(A Fish Called Wanda, Inglaterra/EUA, 1988) de Charles Crichton
Mubi
Comédia. As trapalhadas de 04 pessoas que não apresentam nenhum nexo mas que se juntam para realizar um assalto.



PLATOON

(EUA, 1986) de Oliver Stone
Mubi
Guerra. Jovem inexperiente tem todos os seus sonhos destruídos pela insanidade da Guerra do Vietnã.


ROBO SELVAGEM
(The Wild Robot, EUA, 2024) de Chris Sanders
Amazon Prime
Animação. Robô se encontra em uma ilha habitada por animais e se adapta de forma surpreendente a este nova realidade.


SANEAMENTO BÁSICO - O FILME
(Brasil, 2007) de Jorge Furtado
Netflix
Comédia. A população de uma cidade se une para fazer um filme para denunciar a péssima qualidade do saneamento básico da região.



O SHOW DE TRUMAN
(The Truman Show, EUA, 1998) de Peter Weir
Netflix
Comédia. Jovem vive uma vida perfeita até perceber que vive em um programa de televisão.

quinta-feira, abril 10, 2025

Flow

(Letônia, 2024)
Direção: Gints Zilbalodis

No meio da floresta um gato preto testemunha o planeta sendo inundado com um terrível evento climático. Além do gato outros animais tentam desesperadamente sobreviver (e ausência total de seres humanos). E nesta luta, o gato embarca num barco ao lado de um cachorro, macaco, capivara e uma ave. E esta trupe tenta se entender num mundo que virou de cabeça pra baixo mas sem perder a beleza da natureza selvagem.
Após o fim da sessão de Flow fica um sabor delicioso de nostalgia ao recordar os tempos áureos da Pixar em que a criatividade era mais importante do que as cifras das bilheterias. E é de cair o queixo a competência da produção de custo mínimo - e sem diálogos - que usou tudo ao seu favor para da vida a uma brilhante odisseia de um gato em sobreviver em mundo hostil, caótico. Gravidade de Alfonso Cuarón veio a mente na exibição do filme de Gints Zilbalodis. E de quebra o filme tem uma linda trilha sonora de Rihards Zalupe que ajuda ainda mais na imersão do público a aventura e a luta da sobrevivência do protagonista. Aqui, a mítica bíblica da Arca de Noé encontra norte com o importante debate sobre as mudanças climáticas. E assim, Flow serve tanto como comentário ambiental quanto uma interminável e incrível aventura de um gato e seus amigos na luta pela sobrevivência em um mundo caótico mas que tem as suas belezas também em virtude da força desse comunal da natureza.

sábado, abril 05, 2025

O Brutalista

(The Brutalist, EUA/Inglaterra/Hungria, 2024)
Direção: Brady Corbet
Elenco: Adrien Brody, Guy Pierce, Felicity Jones, Isaach de Bankolé.

László Tóth é um renomado arquiteto judeu húngaro que foge para os Estados Unidos após sobreviver o inferno na Segunda Guerra Mundial. E na busca pela segunda chance, e de sua família, ele encontra no caminho oportunidades e decepções na terra das oportunidades. Sua arte brutalista serve como chamariz para a solução dos problemas mas também uma força de atração para as pessoas exploradoras.
Em seu terceiro filme, o diretor  Brady Corbet cai de cabeça em um grande épico e realiza um monumento visual e técnico com destaque para a linda fotografia de Lol Crawley que explora esplendidamente o belo design de produção afinal protagonista é um arquiteto. A trilha sonora de Daniel Blumberg clama pela grandiloquência mas de uma forma mais contida e não rasgada. No entanto, as quase quatro horas de duração pesa na balança e o filme perde fôlego na metade para o fim o que é uma pena pois a primeira parte é espetacular. Mas mesmo assim O Brutalista chama atenção por ser um bonito exemplo do desencanto do sonho americano. Da queda da imagem de um país aberto ao imigrante; mas que no fundo nunca tolerou o diferente. E a presença de Adrian Brody se torna uma curiosidade já que o seu personagem lembra demais o Wladyslaw Szpilman de O Pianista. Até parece que Corbet realizou uma continuação da obra-prima de Polanski. E Brody realmente entrega mais uma atuação visceral ao dar vida a um homem que sonha com uma nova oportunidade mas os traumas terríveis da guerra se tornam demônios interiores difíceis de exorcizar. E se a introdução é incrível ao expor a Estátua da Liberdade totalmente torta (o que seria um indício da sua difícil estadia), o final vira uma bagunça ao incluiu de forma apressada uma conclusão quase didática sobre a vida e obra de László. Mesmo assim, O Brutalista é uma bonita epopeia de almas torturadas que procuram em vão por uma redenção que é apenas uma mera miragem diante de um mundo duro, e armado de concreto.

terça-feira, abril 01, 2025

Emilia Perez

(França/EUA/México, 2024)
Direção: Jacques Audiard
Elenco: Karla Sofía Gascón, Zoe Saldana, Selena Gomez, Adriana Paz.

A advogada Rita atua em casos polêmicos mas sem levar créditos pelas vitórias (o que não a desagrada pois ela tem vergonha de livrar pessoas corruptas). Com o desânimo profissional, ela recebe uma proposta inusitada: um famoso chefe do tráfico de drogas,  Manitas, lhe faz um acordo para ela organizar algumas ações pois este deseja sair do mundo crime e realizar o sonho de transição de gênero. E com o surgimento de Emília Perez, ambas terão um destino rodeados por sonhos a serem realizados.
Um dos filmes mais aclamados do Festival de Cannes 2024, o musical francês Emília Perez foi para o olimpo da consagração após ganhar dois prêmios significativos na riviera francesa. No entanto, quando entrou no catálogo da Netflix dos Estados Unidos, os problemas da obra de Jacques Audiard iniciaram. Diferente da indústria que abraçou o filme, a popularidade lançou problemáticas que vai desde a falta de representatividade mexicana a exploração do tema da transexualidade. E as declarações desastrosas do diretor e de sua estrela (espanhola) só jogaram mais combustível no incêndio. O que é lamentável pois o filme parece ter sido esquecido. Deixado de lado. E confesso que gostei muito do filme - e compreendo o barulho por parte de nomes fortes do cinema, de James Cameron a Guillermo del Toro. Fugindo da dura realidade mexicana, em particular a violência da América Latina, o diretor foi feliz ao inserir o escapismo dos musicais justamente por não ser um mexicano (ou latino). O diretor lança um olhar curioso sobre a busca da redenção e a criação de mitos de uma forma singular. Me fez recordar de Glauber Rocha ao texto de Dias Gomes do clássico da telenovela brasileira Roque Santeiro.
Mas o filme apresenta problemas como roteiro que apresenta alguns diálogos toscos como na cena em que Selena Gomez demonstra excitação sexual. E por falar dela, sua personagem se torna mais uma distração do que um elemento forte na narrativa. Em compensação chama atenção o ótimo trabalho técnico como a colorida fotografia de Paul Guilhalme (o que se espera de um musical); as canções são boas; e a direção criativa de Jacques Audiard que usa e abusa de ótimos movimentos de câmara, e na mistura de diálogo e música. E a cereja do bolo fica no ótimo duelo entre Zoe Saldana e Karla Sofia Gascón. Aqui elas dão vida a personagens que lutam constantemente e apresentam coragem na busca por uma segunda chance na vida. Enquanto Zoe Saldana surpreende ao dar um peso dramático e canta muito bem, Gascón demonstra uma segurança magistral as mudanças da protagonista. Mesmo com todas as suas qualidades, Emília Perez de musical diferente se se tornou com curioso caso de um filme que alimentou uma rejeição tremenda pela América Latina (que tem a sua razão de existir), somado a uma campanha de divulgação das mais incompetentes nos últimos anos.

terça-feira, março 25, 2025

Oscar 2025

 


O Oscar 2025 reflete um momento fraco do cinema estadunidense. Após uma boa safra em 2023, Hollywood se entregou ao cinema independente representado por Anora e O Brutalista. Conclave é uma delícia de thriller britânico. No entanto nesta edição foi marcada pela polêmica obra francesa Emilia Perez que foi do paraíso com as exageradas 13 indicações (mostrando o poder da Netflix), e o purgatório com as acusações (com provas reais) de xenofobia e transfobia. Assim, refletiu numa temporada totalmente imprevisível em que o vencedor de Cannes 2024 saiu laureado na noite do Oscar com 05 prêmios. Mas sem sombra de dúvida, a noite da premiação foi especial para dois filmes tão distintos. A animação da Letônia Flow chamou a atenção e conquistou duas inéditas indicações e ganhou a categoria de animação derrotando a indústria Dreamworks e Pixar. E o cinema brasileiro fez história com as 3 indicações de Ainda Estou Aqui - incluindo a histórica indicação de melhor filme principal - a principal surpresa dos indicados. E com essa força, o filme chamou muita atenção em Hollywood, e conseguiu o primeiro Oscar para o Brasil. A festa seria melhor ainda se a Fernanda Torres levasse a de melhor atriz, mas o prêmio do Walter Salles simbolizará o empurrão necessário para produções brasileiras cresceram no mercado internacional. E que o Oscar de Ainda Estou Aqui seja o primeiro de muitos que virão.


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A lista dos vencedores do Oscar 2025:


MELHOR FILME: Anora
MELHOR FILME INTERNACIONAL: Ainda Estou Aqui (Brasil)
MELHOR FILME EM ANIMAÇÃO: Flow
MELHOR DOCUMENTÁRIO: Sem Chão
MELHOR CURTA-METRAGEM: Eu Não Sou um Robô
MELHOR DIREÇÃO: Sean Baker (Anora)
MELHOR ATOR: Adrien Brody (O Brutalista)
MELHOR ATRIZ: Mikey Madison (Anora)
MELHOR ATOR COADJUVANTE: Kieran Culkin. (A Verdadeira Dor)
MELHOR ATRIZ COADJUVANTE:  Zoe Saldana (Emilia Perez)
MELHOR ROTEIRO ADAPTADO: Conclave
MELHOR ROTEIRO ORIGINAL: Anora
MELHOR FOTOGRAFIA: O Brutalista
MELHOR MONTAGEM: Anora
MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO: Wicked - Parte 1
MELHOR FIGURINO: Wicked - Parte 1
MELHOR TRILHA SONORA: O Brutalista
MELHOR CANÇÃO: Emilia Perez
MELHOR SOM: Duna - Parte 2
MELHOR EFEITOS VISUAIS: Duna - Parte 2
MELHOR MAQUIAGEM: A Substância
MELHOR CURTA-METRAGEM EM DOCUMENTÁRIO: A Única Mulher da Orquestra
MELHOR CURTA-METRAGEM EM ANIMAÇÃO: In the Shadow of the Cypress

quinta-feira, março 20, 2025

Destaques nos Cinemas

MICKEY 17
(EUA/Coréia do Sul, 2025) de Joon-ho Bong
Ficção cientifica. No futuro, jovem aceita - e depois se arrepende - de participar de uma absurda experiência cientifica.


VITÓRIA
(Brasil, 2025) de Andrucha Waddignton
Drama. Idosa solitária arrisca a vida filmando a violência da sua área para denunciar a polícia.



BETTER MAN - A HISTÓRIA DE ROBIE WILLIAMS

(Inglaterra/EUA, 2024) de Michael Gracey
Musical. Uma excêntrica biografia do irreverente cantor pop britânico que aqui é retratado como macaco.







OESTE OUTRA VEZ
(Brasil, 2024) de Erico Rassi
Drama. No interior do Brasil, homens entram em conflito mortal ao se envolver com a mesma mulher.