Direção: Karel Reisz
Elenco: Meryl Streep, Jeremy Irons, Lynsey Baxter, Hilton McRae.
Na Inglaterra vitoriana, um cientista chamado Charles se instala em uma vila do interior e arranja um casamento com uma garota de família rica da região. Mas os planos de Charles mudam ao conhecer a misteriosa Sarah, que todos chamam de a mulher do tenente francês. O cientista é atraído pelo histórico da moça e ao tentar ajudá-la se apaixona. Ao mesmo tempo um casal de atores, Anna e Mike, estão filmando essa história - nos dias atuais - e também se envolvem amorosamente.
A Mulher do Tenente Francês é um dos dramas românticos mais singulares do cinema. Dirigido por um dos nomes do cinema independente britânico dos anos de 1960, Karel Reisz (Tudo Começou no Sábado), este brinca com a metalinguagem em que a ficção e a "realidade" se misturam. Mas também é uma obra contundente que vai a fundo no estudo de uma personagem. A fotografia sombria e nebulosa da ficção representa a imprevisibilidade e mistério de Sarah em que atrai e fascina a sua intérprete Anna. E Meryl Streep dá um show ao da vida há duas mulheres tão distintas e de realidades diferentes mas que os dilemas torna os seus anseios mais próximos que nunca. E a direção elegante de Reisz que sabe conduzir um drama de época a lá inglesa por excelência é um plus. Ao lembrar o ótimo As Horas (2002) de Stephen Daldry, A Mulher do Tenente Francês chama atenção pela fascinação da arte como objeto de reflexão sobre relações humanas...e também instigar os nossos impulsos as fortes emoções.
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