quarta-feira, outubro 03, 2007

A Lula e a Baleia

O filme “A Lula e a Baleia” conta a estória de uma família que vive em Nova Iorque, em 1986, que esta prestes a se separar. O patriarca controlador, Bernard, um escritor fracassado que não consegue ter o mesmo êxito profissional de antes, se divorcia “amigavelmente” de Joan, sua esposa infiel que decidiu virar escritora, fato este ela consegue se sair muito bem. O grande problema é que por essa situação, eles tentam administrar a atenção e dedicação da vida dos seus dois filhos: Walt e o caçula Frank. Walt, mas próximo do pai, tenta chamar a atenção de todos querendo se transformar num intelectual a altura de Bernard – além de estar iniciando as suas primeiras experiências sexuais. Já o garoto Frank, extravasa os seus sentimentos bebendo álcool, além de ficar espalhando o seu próprio esperma nas paredes e livros de sua escola.

Excelente estréia da direção de Noah Baumbach, que faz um contundente trabalho autobiográfico sobre o peso do divórcio e as suas conseqüências dentro do universo familiar. O filme lembra muito as obras da cineasta Sofia Coppola; porém sobre a prisma masculina a respeito de questões como a procura de identidade, a dor e as angústias na hora de encarar a maturidade, a vida adulta.
Com um ótimo desenho de produção, o filme explora bem jovens e adultos jogados num mundo que parece ser sem volta. Em que um parece ser o reflexo do outro. Enfim, o filme resvala realismo e humanismo num ambiente caótico – que o diretor teve a competência de usar a bela canção “Hey You” da banda inglesa Pink Floyd na sua obra, além de um elenco afiado, com destaque para Laura Linney que faz a Joan, uma mulher real, simples, sem exageros.

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