quarta-feira, outubro 08, 2008

La Luna

O filme “La Luna” conta a estória da cantora de ópera Caterina, que depois de casar e ter um filho dá um tempo na sua carreira na Europa, e se integra totalmente a sua família em Nova Iorque. Anos se passam e a relação do casal esfria. Mas, subitamente, o marido de Caterina sofre um acidente de carro e não sobrevive. Diante dos fatos, e sozinha para criar o filho, Joe, Caterina volta a Europa, melhor, Roma, e retoma as óperas. Parece que dessa vez tudo está nos trilhos: a carreira de Caterina está de vento em popa e Joe parece se adaptar bem ao novo ambiente, até consegue um namorico com uma nativa. Porém, o paraíso se transforma em inferno quando Caterina descobre que seu filho é viciado em heroína. É nesse momento que ela fará de tudo para que ele abandone o vício, extrapolando os limites da relação entre mãe e filho.

Interessante trabalho do mestre polêmico Bernardo Bertolucci que nessa obra mistura elementos gregos como a tragédia grega, o complexo de Édipo e o mundo artístico das óperas.
Com um esplêndido visual, em que Roma e o interior da Itália são mostrados de uma forma rústica, contrasta bem com o difícil relacionamento entre mãe e filho, em que muitas de suas cenas podem chocar pela entrega do dois num momento doloroso e delicado.
Mesmo tendo um ritmo lento, o filme surpreende por mostrar dois seres solitários, mesmo que tenham uma ligação em comum. E eles estão sozinhos num lugar em que lembranças se misturam com novas experiências. E essa equação emocional é dolorosa mas essencial para o amadurecimento.

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