

Um dos sucessos mais inesperados dos últimos anos, o filme do sempre irrequieto Danny Boyle chama atenção pela salada de estilos que a obra apresenta. Afinal, a estória de Jamil é extremamente dolorosa e difícil, mas que é mostrada de uma maneira viva e pop (sem dúvida nenhuma o brasileiro Cidade de Deus fez escola, até a galinha está lá). E por se passar na Índia, a produção homenageia Bollywood (para mim, um ponto negativo do filme, pois deixa um ar de novelão, com direito a mocinho e bandido). Mas o que faz o seu diferencial é a sua linda fotografia, o ótimo trabalho de som, a intricada montagem (recheada de eficientes flashbacks), a empolgante trilha sonora e a excelente trabalho do elenco infantil.
A saga de um favelado, que comeu o pão que o diabo amassou, mas que por lance de destino, toda a sua experiência de vida serviu para mostrar que os seus passos têm alguma finalidade é interessante nesse momento de crise econômica, já que o público sai animado, leve depois de duas horas de desgraça. Quem Quer Ser Milionário não é o melhor filme do ano, mas o seu ritmo e as suas cores marcam a memória.
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