

Irregular adaptação da obra de Marta Medeiros. A falha do diretor José Alvarenga Jr. foi repetir os típicos cacoetes que se encontram nas obras criadas pela Rede Globo. O filme parece mais telefilme que cinema propriamente dito (cenas de cartão-postal do Rio de Janeiro; a transição de uma cena para outra lembra muito o formato televisivo). O roteiro também não ajuda muito, mesmo que tenha alguns momentos e diálogos engraçados, mas esse feito só acontece graças ao elenco (a cena em que Mercedes e Murilo fumam baseado no carro é ótima). E são os atores que carregam o filme nas costas. Astros globais como Reynaldo Gianecchini e Cauã Reymond não atrapalham o resultado. Mas Lilia Cabral está fantástica como Mercedes. Segura no papel (que atuou no teatro), a atriz arrebenta no papel da mulher que quer começar tudo de novo depois dos 40 anos. O filme tem uma mensagem positiva, mas não passa de uma velha sessão da tarde.
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