Destaques nos cinemas

A ONDA

(Die Welle, Alemanha, 2008) de Dennis Gansel.

Drama. Professor cria um ambiente totalitário entre os seus alunos para demonstrar a todos como surgiu o radicalismo politico como o fascismo e o nazismo.

DEIXA ELA ENTRAR

(Låt Den Rätte Komma In, Suécia, 2008) de Tomas Alfredson.

Drama. Mal-tratado pelos colegas da escola, garoto faz amizade com uma estranha garota que tem um grande segredo: é uma vampira.

BASTARDOS INGLÓRIOS

(Inglourious Basterds, EUA/Alemanha/França, 2009) de Quentin Tarantino.

Ação. Garota judia vingativa e um grupo americano anti-nazista tentam conter a ocupação alemã na França.

O DESINFORMANTE

(The Informant!, EUA, 2009) de Steven Soderbergh.

Comédia. Executivo da agroindústria se transforma num informante para o FBI após a suspeita de cartel nesse segmento.

BRILHO DE UMA PAIXÃO

(Bright Star, Inglaterra/Austrália/França, 2009) de Jane Campion.

Drama. Na Inglaterra vitoriana, jovem poeta acaba se envolvendo com a vizinha, o que desperta a reprovação de sua família.

DISTRITO 9

(District 9, África do Sul, Nova Zelândia, 2009) de Neill Blomkamp.

Ficção Científica. Alienígenas que vivem num subúrbio de Johanesburgo entram em atrito com o governo local pois o mesmo decide despejá-los a uma área distante e isolada.

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

TRAMA INTERNACIONAL

(The International, EUA/Alemanha/Inglaterra, 2009) de Tom Tykwer.

Suspense. Agente da Intepol está com a vida em perigo ao descobrir o envolvimento de uma grande corporação no tráfico de armas.

Tela Super8: Gary Jules - "Mad World"

No ano passado, postei nessa seção a música "The Killing Moon" da banda Echo & The Bunnymen que faz parte da trilha sonora do filme Donnie Darko (EUA, 2001) de Richard Kelly. Recentemente garimpei um lindo clip (dirigido pelo sempre criativo Michel Gondri) de uma outra música que faz parte do soundtrack de Donnie Darko, "Mad World" da banda inglesa Tears For Fears mas que na obra de Kelly foi regravado por Gary Jules.

Up - Altas Aventuras

O filme “Up – Altas Aventuras” conta a estória de um garoto louco por aventuras chamado Carl Fredricksen que acaba encontrando Ellie, uma garota extrovertida com um gosto muito similar ao seu. Com o tempo, a amizade vira paixão e os dois acabam se casando, mas ambos nutrem um grande desejo por aventuras, especialmente em conhecer as Cataratas do Paraíso na América do Sul. Com a chegada da velhice, Ellie morre subitamente deixando Carl desolado. Triste e preste a sair de casa (contra a sua vontade) para se internar em um asilo, Carl joga tudo para o alto e transforma a sua velha casa num balão para realizar o antigo sonho do casal. O que Carl não esperava era a companhia inesperada do escoteiro mirim Russell.

Já está virando clichê. A cada ano, a Pixar surpreende com ótimas produções. E Up - Altas Aventuras não é a exceção. Mesmo que seja considerado a obra mais fraca da Pixar (em conta do terceiro ato, pela presença forçada do vilão Charles Muntz), o filme reserva surpresas: a bela e emocionante abertura, a linda trilha sonora de Michael Giacchino (que deverá levar o Oscar no próximo ano).
Como em Wall-E, Up - Altas Aventuras recorre ao tema do ecologicamente correto, mas se aventura também da importância de ir atrás dos sonhos. De buscar realmente aquilo que queremos, de nunca desistir aos ideais mesmo que não sejamos mais jovens. Juventude não é a idade, mas a disposição e o prazer de encarar a vida como um desafio constante.

Valente

O filme "Valente" conta a estória da radialista Erica Bain que vive um momento feliz em conta da proximidade do seu casamento com o médico David Kirmani. Caminhando no Central Park, o casal discute os preparativos do grande dia até que são abordados por um grupo de marginais que os espanca violentamente. Semanas depois, Erica acorda num hospital e descobre que David não sobreviveu ao ataque. Atordoada, Erica volta a rotina, mas ela percebe que não é a mesma. Se antes era uma pessoa livre e feliz, ela se tornara insegura e rancorosa a ponto de andar armada. E durante as compras numa quitanda, ela mata um homem em legítima defesa. Assustada e excitada pela experiência, Erica começa a "caçar" marginais, ao mesmo tempo, desenvolve uma amizade com o policial Mercer, um homem amargurado que investiga os crimes cometidos por Erica.

Intrigante trabalho do cineasta irlandês Neil Jordan que faz um interessante estudo sobre a linha tênue no qual uma pessoa se encontra entre a civilidade e a barbárie. Na época do seu lançamento, Valente foi comparado ao filme Desejo de Matar (1974) no qual Charles Bronson faz justiça com as próprias mãos numa Nova York mergulhada na violência e caos. Mas como a cidade não está mais tão violenta assim, a obra de Jordan lembra a peça do chileno Ariel Dorfman, A Morte e a Donzela, em que disseca os traumas da personagem principal, no qual os seus atos são justificados para dar um basta a dor, a solidão pessoal. A diferença é a consciência que Erica tem sobre os seus atos, na qual no decorrer da trama ela tenta entender esse comportamento agressivo. Mesmo que não esteja entre os melhores obras do diretor, Valente é um filme que merece ser visto.

A Órfã

O filme "A Órfã" conta a estória de um bem sucedido casal, John Coleman e Kate Coleman, que vive um pesadelo após a perda prematura do seu terceiro filho ocorrido no parto. Traumatizada, Kate afoga a tristeza e a depressão na bebida, mas a esperança de ter um filho lhe dá forças para encarar o vício. Com o relacionamento estabilizado, John e Kate aceitam a idéia de adotar uma criança. Na busca da menina ideal, o casal se encanta com o charme e a inteligência de Esther. A empatia é imediata a ponto da adoção ocorrer de forma espontânea. Mas com o passar do tempo, coisas estranhas acontecem a ponto de abalar a família Coleman e Esther é a grande responsável por essas mudanças, pois por de trás do seu rosto e jeito angelical, existe uma menina perigosa e instável.

Se você gosta de um filme em que um psicopata faz o diabo a quatro, sem esquecer os infalíveis clichês do gênero, este é o seu programa. Sinceramente, A Órfã é uma obra bem produzida, mas que não apresenta nada de novo, original. O filme é esquemático, previsível: os sustos, o desenvolvimento do enredo e o final absurdo. Tudo soa no mesmo lugar, que com o passar da projeção do filme, dá pra imaginar como será a conclusão. Se a obra parece perdida (até bons atores como Vera Farmiga e Peter Sarsgaard estão deslocados), o que chama a atenção é a boa atuação da garotinha Isabelle Furman como Esther, que mostra ter presença na tela.