sexta-feira, novembro 06, 2009

Bastardos Inglórios

O filme “Bastardos Inglórios” conta a estória de um grupo de soldados judeus americanos chamados de Bastardos Inglórios, liderados pelo Tenente Aldo Raine, que utilizam métodos pouco convencionais e extremamente violentos para por um fim no domínio nazista. Ao mesmo tempo, outra trama se desenrola: a judia Shosanna Dreyfus, que após sobreviver ao ataque que exterminou a sua família, muda de nome e torna-se proprietária de um cinema em Paris. Por ironia do destino, o soldado alemão, Fredrick Zoller, um cinéfilo, tenta persuadi-la para que a premiére do filme “Orgulho da Nação” ocorra no seu cinema. O que ela não esperava é que a platéia desse evento será composta pela alta cúpula nazista, incluindo Adolf Hitler e o coronel Hans Landa, responsável pela chacina de sua família. Diante da situação, Shosanna arma uma vingança, mas ela não estará sozinha nessa empreitada.




Mais uma vez Tarantino demonstra que é o cara. Voltando ao estilo da sua obra anterior, Kill Bill, o diretor homenageia o cinema, especialmente o europeu, na sua visão sobre a Segunda Guerra Mundial. Mas nem por isso deixa de ser Tarantino, pelo contrário, a obra é divertida, tensa e absurdamente violenta. Se na saga da “noiva”, a ação é constante e extremamente visual, Bastardos Inglórios foca nos diálogos que são de deixar os nervos à flor da pele, demonstrando que o diretor continua afiado na escrita. Por conta desse formato, o público pode se cansar um pouco - é certo que em determinados momentos o filme cai (como a cena que tem a presença de Mike Myers) - mas da metade até o fim o filme cresce e fica mais tenso. Alguns atrativos do filme: a atuação diabólica do alemão Christoph Waltz como o coronel Hans Landa (altamente tarantiano); o bom desenho de produção; e o ótimo repertório musical com o destaque para Cat People (Putting Out the Fire) de David Bowie. Bastardos Inglórios não é tão bom quanto Kill Bill (sou fã, confesso), mas é cinema de primeira.

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