

Mais uma vez Tarantino demonstra que é o cara. Voltando ao estilo da sua obra anterior, Kill Bill, o diretor homenageia o cinema, especialmente o europeu, na sua visão sobre a Segunda Guerra Mundial. Mas nem por isso deixa de ser Tarantino, pelo contrário, a obra é divertida, tensa e absurdamente violenta. Se na saga da “noiva”, a ação é constante e extremamente visual, Bastardos Inglórios foca nos diálogos que são de deixar os nervos à flor da pele, demonstrando que o diretor continua afiado na escrita. Por conta desse formato, o público pode se cansar um pouco - é certo que em determinados momentos o filme cai (como a cena que tem a presença de Mike Myers) - mas da metade até o fim o filme cresce e fica mais tenso. Alguns atrativos do filme: a atuação diabólica do alemão Christoph Waltz como o coronel Hans Landa (altamente tarantiano); o bom desenho de produção; e o ótimo repertório musical com o destaque para Cat People (Putting Out the Fire) de David Bowie. Bastardos Inglórios não é tão bom quanto Kill Bill (sou fã, confesso), mas é cinema de primeira.
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