terça-feira, novembro 10, 2009

Distrito 9

O filme “Distrito 9” conta a estória do surgimento de uma grande nave espacial alienígena nos céus de Johanesburgo, África do Sul. Diante do inusitado, um grupo da força-tarefa se adentra pela nave e descobre um contingente de ETs fracos e doentes. Por conta desse fato, os alienígenas são deslocados para um local isolado em Johanesburgo chamado de Distrito 9. Com o passar do tempo, o lugar se transforma em uma grande favela, onde impera a violência e o caos aumentando ainda mais a hostilidade entre eles e a população humana. Para dar um basta na situação, as autoridades locais, sob o comando de Wikus Van De Merwe, tentam transferir os aliens indesejados a um ponto isolado e distante da cidade. Mas durante a execução, Merwe é contaminado por uma substância alienígena, alterando o seu DNA a ponto de se transformar em um ET, ao mesmo tempo, motivo de caça pela indústria armamentista.





Quem diria que a favela tá na moda. Depois de Cidade de Deus e Quem Quer Ser Milionário?, o tema volta aos cinemas de uma forma bastante criativa, mais uma vez. O que diferencia Distrito 9 é a intrigante mistura de ficção científica e documentário que aborda o segregarismo, totalitarismo e a separação de raças - que nesse contexto mostra o preconceito entre os homens e os alienígenas na África do Sul, uma clara ilusão ao regime aparthaid. Porém, na metade do seu enredo, o filme reserva uma reviravolta (a transformação do Merwe em et) e lembra o ótimo A Mosca (1986) de David Cronenberg, tornando o filme mais interessante, mas que infelizmente o diretor Neill Blomkamp (em seu trabalho de estréia) não soube ser mais complexo diante da situação, banalizando para a ação. Mesmo assim o filme não perde o brilho e é uma grata surpresa por sair do lugar comum, além de estar recheados de ótimos efeitos visuais, bela fotografia, uma tensa e eficiente trilha sonora e um excelente trabalho de mixagem de som.

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