quinta-feira, novembro 12, 2009

Filmes da década

O fim do ano está chegando e com ele a década também. Diante do momento oportuno, é normal surgir listas dos filmes da década. Pretensões a parte, tô postando o que me mais atraiu nessa década, mesmo que ainda tenha muitos filmes para assistir. Dessa maneira, taí os 10 mais do cinema estrangeiro e os cinco melhores do cinema brasileiro.



CINEMA ESTRANGEIRO


DOGVILLE
(Lars Von Trier, 2003)
Belo estudo sobre a maldade, a obra-prima de Lars Von Trier inova na concepção visual, em que a ausência de cenário reflete o vazio e o caos da alma humana.




KILL BILL
(Quentin Tarantino, 2003/2004)
Filmes asiáticos, ópera, western, Brian De Palma, e claro, Tarantino, nessa saga violenta que é, no fundo, uma estória de amor a sétima arte. Sem palavras.



AMOR A FLOR DA PELE
(Woang Kar-Wai, 2000)
Nunca a dor de cotovelo, carência e a dor da culpa foi retratado com sensibilidade e extrema sensualidade, num trabalho extraordinário do chinês Kar-Wai que faz uma obra rara e única.








RÉQUIEM PARA UM SONHO
(Daren Aronofsky, 2000)
Doloroso e chocante, eis o resumo da ópera sobre o filmaço de Daren Aronofsky, que cria um paralelo sobre o mundo consumista e as drogas. Com uma atuação visceral de Ellen Burstyn e a incrível trilha sonora de Clint Mansell, Réquiem Para um Sonho é uma obra que dá um nó no estômago ao demonstrar como somos seres vazios.


CIDADE DOS SONHOS
(David Lynch, 2001)
Desejos realizados, sonhos corrompidos...uma crítica feroz a Hollywood, ao mesmo tempo, uma estória de amor de cortar o coração, Lynch faz o seu filme mais simbólico e caústico de grande impacto. Silenzio.



PEQUENA MISS SUNSHINE
(Jonathan Dayton/Valerie Faris, 2006)
Uma kombi amarela representa a força motora que une a família Hoover para alcançar o objetivo da caçula Olive nesse road-movie comovente. Um excelente filme indie americano que se destaca pelo humor, humanismo e da bela trilha sonora de Mychael Danna e Devotchka.





DONNIE DARKO
(Richard Kelly, 2001)
Cult-movie por excelência, o debut de Richard Kelly é uma obra fantástica que mistura inúmeros temas: filmes de adolescência dos anos 80, metafísica, psicologia. E ao contrário que parece, de chato não tem nada, pelo contrário. Umas das obras mais fascinantes dessa década.




PONTO FINAL - MATCH POINT
(Woody Allen, 2005)
Ambição, paixão desenfreada e muita sorte são os ingredientes de um Woody Allen que deixou Nova York de lado (pela primeira vez) e partiu para fazer um filmaço em Londres dando uma nova direção em sua carreira na livre adaptação do clássico Crime e Castigo de Dostoievski.




O FABULOSO DESTINO DE AMÉLIE POULAIN
Pelo seu jeito excêntrico, Jeunet surpreende nessa livre adaptação de Emma de Jane Austen mesclando um tom onírico numa Paris surreal em um belo trabalho visual e sonora.







MOULIN ROUGE - AMOR EM VERMELHO
(Baz Luhrmann, 2001)
O gênero musical passou os anos 90 em branco, mas na década seguinte, o cenário mudou. Mesmo que Chicago tenha ganho as láureas e o Oscar, foi Moulin Rouge - Amor em Vermelho que conquistou a todos (e a repulsa também) pela ousadia e criatividade numa concepção sonora e visual arrebatador.





Outras obras interessantes: O FILHO DA NOIVA (Juan José Campanella, 2001); ELEFANTE (Gus Van Sant, 2003); FALE COM ELA (Pedro Almodóvar, 2002); AS HORAS (Stephen Daldry, 2002); OS OUTROS (Alejandro Amenábar, 2001); 21 GRAMAS (Alejandro Gonzalez Iñárritu, 2003); BATMAN - O CAVALHEIRO DAS TREVAS (Christopher Nolan, 2008); WALL-E (Andrew Stanton, 2008); O SEGREDO DE BROKEBACK MOUNTAIN (Ang Lee, 2005); AS INVASÕES BÁRBARAS (Denys Arcand, 2003); HEDWIG - ROCK, AMOR E TRAIÇÃO (John Cameron Mitchell, 2001); O LABIRINTO DO FAUNO (Guilhermo del Toro, 2006); FILHOS DA ESPERANÇA (Alfonso Cuarón, 2006); ENCONTROS E DESENCONTROS (Sofia Coppola, 2003); Irreversível (Gaspar Noé, 2002).


CINEMA NACIONAL


CIDADE DE DEUS
(Fernando Meirelles/Kátia Lund, 2002)
Sucesso internacional, o filme que lançou Meirelles mereceu o sucesso por fazer uma obra rara na cinematografia brasileira dando um ar pop, violento, brutal e as vezes de comédia, nesse raio-x de uma favela brasileira. Eis os "Bons Companheiros" brazuca.


CÉU DE SUELY
(Karim Ainouz, 2006)
Se Madame Satã já chamava a atenção pela delicadeza e ousadia, Ceú de Suely foi um passo a frente na carreira de Ainouz na saga de uma jovem nordestina que tenta um lugar ao sol, mas vive fazendo burrada.



ESTÔMAGO
(Marcos Jorge, 2007)
Uma das melhores surpresas do cinema nacional. Assisti esperando nada e fiquei encantado pelo excelente trabalho de Marcos Jorge e a ótima interpretação de Joao Miguel como o nordestino ingênuo que consegue sobreviver em mundo sem sentido graças aos seus dotes culinários.


LAVOURA ARCAICA

(Luiz Fernando Carvalho, 2001)
Poético, lírico, denso e extremamente teatral, o debut de Luiz Fernando Carvalho chama a atenção pela delicadeza e por um trabalho fenomenal do desenho de produção, além de ser uma obra que percebe-se que o diretor fez com paixão e entrega.




TROPA DE ELITE
(José Padilha, 2007)
Vencedor do Urso de Ouro de melhor filme no Festival de Berlim, Tropa de Elite mereceu destaque por ter criado um debate sobre o papel de todos os envolvidos no tráfico de drogas, na violência das grandes cidades, jogando farpas em tudo. Uma bela bofetada.



Outras obras interessantes: AS TRÊS MARIAS (Aluisio Abranches, 2002); O INVASOR (Beto Brant, 2001); DESMUNDO (Alain Fresnot, 2003); MADAME SATÃ (Karim Ainouz, 2002); ABRIL DESPEDAÇADO (Walter Salles, 2001); AMARELO MANGA (Claúdio Assis, 2002); O HOMEM QUE COPIAVA (Jorge Furtado, 2003).

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