quarta-feira, novembro 18, 2009

Destaques nos cinemas

500 DIAS COM ELA
(500 Days of Summer, EUA, 2009) de Marc Webb
Comédia. Rapaz se apaixona por uma garota que simplesmente tem uma visão fria e negativa do amor.






COCO ANTES DE CHANEL
(Coco Avant Chanel, França, 2009) de Anne Fontaine
Drama. Biografia da estilista francesa Coco Chanel, um dos nomes mais importantes da moda e figura símbolo das grandes mudanças do seculo XX.






À PROCURA DE ERIC
(Looking for Eric, Inglaterra/França/Itália/Bélgica, 2009) de Ken Loach
Comédia. Torcedor fanático do Manchester passa por um péssimo momento de sua vida até que do nada surge Eric Cantona, o craque do seu time para lhe dar conselhos.





ACONTECEU EM WOODSTOCK
(Taking Woodstock, EUA, 2009) de Ang Lee
Comédia. Para não ser despejada, uma família dona de um hotel aceita emprestar o terreno para um show de rock chamado Woodstock.




À PROVA DE MORTE
(Death Proof, EUA, 2007) de Quentin Tarantino
Ação. Na beira da estrada, mulheres são atormentadas por um psicopata que ataca por meio do seu carro conversível.

domingo, novembro 15, 2009

Lançamentos em DVD/Blu-Ray

OS AMANTES DO CÍRCULO POLAR
(Los Amantes del Círculo Polar, Espanha/França, 1998) de Julio Medem
Drama. Casal de estudantes se conhecem na porta da escola e se apaixonam de imediato numa relação que se estenderá até uma viagem a Filândia anos depois.







O HOMEM QUE VIROU SUCO
(Brasil, 1980) de João Batista de Andrade
Drama. Ao chegar em São Paulo, um poeta nordestino é perseguido pois é confundido com um operário que matou o patrão.







O HOMEM QUE AMAVA AS MULHERES
(L´ Homme qui Aimait les Femmes, França, 1977) de François Truffaut
Comédia. Após uma determinada idade, homem mulherengo tenta escrever um livro relatando tudo sobre sua vida e seus amores.






OS FALSÁRIOS
(Die Fälscher, Alemanha/Áustria, 2007) de Stefan Ruzowitzky
Drama. Durante a Segunda Guerra Mundial, vigarista judeu é forçado pelos alemães a roubar de famílias judias para o governo nazista.



EU TE AMO, CARA
(I Love You, Man, EUA, 2009) de John Hamburg
Comédia. Homem introvertido e sensivel está prestes a casar, mas entra em desespero quando percebe que não tem nenhum amigo homem para ser o seu padrinho de casamento.

quinta-feira, novembro 12, 2009

Filmes da década

O fim do ano está chegando e com ele a década também. Diante do momento oportuno, é normal surgir listas dos filmes da década. Pretensões a parte, tô postando o que me mais atraiu nessa década, mesmo que ainda tenha muitos filmes para assistir. Dessa maneira, taí os 10 mais do cinema estrangeiro e os cinco melhores do cinema brasileiro.



CINEMA ESTRANGEIRO


DOGVILLE
(Lars Von Trier, 2003)
Belo estudo sobre a maldade, a obra-prima de Lars Von Trier inova na concepção visual, em que a ausência de cenário reflete o vazio e o caos da alma humana.




KILL BILL
(Quentin Tarantino, 2003/2004)
Filmes asiáticos, ópera, western, Brian De Palma, e claro, Tarantino, nessa saga violenta que é, no fundo, uma estória de amor a sétima arte. Sem palavras.



AMOR A FLOR DA PELE
(Woang Kar-Wai, 2000)
Nunca a dor de cotovelo, carência e a dor da culpa foi retratado com sensibilidade e extrema sensualidade, num trabalho extraordinário do chinês Kar-Wai que faz uma obra rara e única.








RÉQUIEM PARA UM SONHO
(Daren Aronofsky, 2000)
Doloroso e chocante, eis o resumo da ópera sobre o filmaço de Daren Aronofsky, que cria um paralelo sobre o mundo consumista e as drogas. Com uma atuação visceral de Ellen Burstyn e a incrível trilha sonora de Clint Mansell, Réquiem Para um Sonho é uma obra que dá um nó no estômago ao demonstrar como somos seres vazios.


CIDADE DOS SONHOS
(David Lynch, 2001)
Desejos realizados, sonhos corrompidos...uma crítica feroz a Hollywood, ao mesmo tempo, uma estória de amor de cortar o coração, Lynch faz o seu filme mais simbólico e caústico de grande impacto. Silenzio.



PEQUENA MISS SUNSHINE
(Jonathan Dayton/Valerie Faris, 2006)
Uma kombi amarela representa a força motora que une a família Hoover para alcançar o objetivo da caçula Olive nesse road-movie comovente. Um excelente filme indie americano que se destaca pelo humor, humanismo e da bela trilha sonora de Mychael Danna e Devotchka.





DONNIE DARKO
(Richard Kelly, 2001)
Cult-movie por excelência, o debut de Richard Kelly é uma obra fantástica que mistura inúmeros temas: filmes de adolescência dos anos 80, metafísica, psicologia. E ao contrário que parece, de chato não tem nada, pelo contrário. Umas das obras mais fascinantes dessa década.




PONTO FINAL - MATCH POINT
(Woody Allen, 2005)
Ambição, paixão desenfreada e muita sorte são os ingredientes de um Woody Allen que deixou Nova York de lado (pela primeira vez) e partiu para fazer um filmaço em Londres dando uma nova direção em sua carreira na livre adaptação do clássico Crime e Castigo de Dostoievski.




O FABULOSO DESTINO DE AMÉLIE POULAIN
Pelo seu jeito excêntrico, Jeunet surpreende nessa livre adaptação de Emma de Jane Austen mesclando um tom onírico numa Paris surreal em um belo trabalho visual e sonora.







MOULIN ROUGE - AMOR EM VERMELHO
(Baz Luhrmann, 2001)
O gênero musical passou os anos 90 em branco, mas na década seguinte, o cenário mudou. Mesmo que Chicago tenha ganho as láureas e o Oscar, foi Moulin Rouge - Amor em Vermelho que conquistou a todos (e a repulsa também) pela ousadia e criatividade numa concepção sonora e visual arrebatador.





Outras obras interessantes: O FILHO DA NOIVA (Juan José Campanella, 2001); ELEFANTE (Gus Van Sant, 2003); FALE COM ELA (Pedro Almodóvar, 2002); AS HORAS (Stephen Daldry, 2002); OS OUTROS (Alejandro Amenábar, 2001); 21 GRAMAS (Alejandro Gonzalez Iñárritu, 2003); BATMAN - O CAVALHEIRO DAS TREVAS (Christopher Nolan, 2008); WALL-E (Andrew Stanton, 2008); O SEGREDO DE BROKEBACK MOUNTAIN (Ang Lee, 2005); AS INVASÕES BÁRBARAS (Denys Arcand, 2003); HEDWIG - ROCK, AMOR E TRAIÇÃO (John Cameron Mitchell, 2001); O LABIRINTO DO FAUNO (Guilhermo del Toro, 2006); FILHOS DA ESPERANÇA (Alfonso Cuarón, 2006); ENCONTROS E DESENCONTROS (Sofia Coppola, 2003); Irreversível (Gaspar Noé, 2002).


CINEMA NACIONAL


CIDADE DE DEUS
(Fernando Meirelles/Kátia Lund, 2002)
Sucesso internacional, o filme que lançou Meirelles mereceu o sucesso por fazer uma obra rara na cinematografia brasileira dando um ar pop, violento, brutal e as vezes de comédia, nesse raio-x de uma favela brasileira. Eis os "Bons Companheiros" brazuca.


CÉU DE SUELY
(Karim Ainouz, 2006)
Se Madame Satã já chamava a atenção pela delicadeza e ousadia, Ceú de Suely foi um passo a frente na carreira de Ainouz na saga de uma jovem nordestina que tenta um lugar ao sol, mas vive fazendo burrada.



ESTÔMAGO
(Marcos Jorge, 2007)
Uma das melhores surpresas do cinema nacional. Assisti esperando nada e fiquei encantado pelo excelente trabalho de Marcos Jorge e a ótima interpretação de Joao Miguel como o nordestino ingênuo que consegue sobreviver em mundo sem sentido graças aos seus dotes culinários.


LAVOURA ARCAICA

(Luiz Fernando Carvalho, 2001)
Poético, lírico, denso e extremamente teatral, o debut de Luiz Fernando Carvalho chama a atenção pela delicadeza e por um trabalho fenomenal do desenho de produção, além de ser uma obra que percebe-se que o diretor fez com paixão e entrega.




TROPA DE ELITE
(José Padilha, 2007)
Vencedor do Urso de Ouro de melhor filme no Festival de Berlim, Tropa de Elite mereceu destaque por ter criado um debate sobre o papel de todos os envolvidos no tráfico de drogas, na violência das grandes cidades, jogando farpas em tudo. Uma bela bofetada.



Outras obras interessantes: AS TRÊS MARIAS (Aluisio Abranches, 2002); O INVASOR (Beto Brant, 2001); DESMUNDO (Alain Fresnot, 2003); MADAME SATÃ (Karim Ainouz, 2002); ABRIL DESPEDAÇADO (Walter Salles, 2001); AMARELO MANGA (Claúdio Assis, 2002); O HOMEM QUE COPIAVA (Jorge Furtado, 2003).

terça-feira, novembro 10, 2009

Distrito 9

O filme “Distrito 9” conta a estória do surgimento de uma grande nave espacial alienígena nos céus de Johanesburgo, África do Sul. Diante do inusitado, um grupo da força-tarefa se adentra pela nave e descobre um contingente de ETs fracos e doentes. Por conta desse fato, os alienígenas são deslocados para um local isolado em Johanesburgo chamado de Distrito 9. Com o passar do tempo, o lugar se transforma em uma grande favela, onde impera a violência e o caos aumentando ainda mais a hostilidade entre eles e a população humana. Para dar um basta na situação, as autoridades locais, sob o comando de Wikus Van De Merwe, tentam transferir os aliens indesejados a um ponto isolado e distante da cidade. Mas durante a execução, Merwe é contaminado por uma substância alienígena, alterando o seu DNA a ponto de se transformar em um ET, ao mesmo tempo, motivo de caça pela indústria armamentista.





Quem diria que a favela tá na moda. Depois de Cidade de Deus e Quem Quer Ser Milionário?, o tema volta aos cinemas de uma forma bastante criativa, mais uma vez. O que diferencia Distrito 9 é a intrigante mistura de ficção científica e documentário que aborda o segregarismo, totalitarismo e a separação de raças - que nesse contexto mostra o preconceito entre os homens e os alienígenas na África do Sul, uma clara ilusão ao regime aparthaid. Porém, na metade do seu enredo, o filme reserva uma reviravolta (a transformação do Merwe em et) e lembra o ótimo A Mosca (1986) de David Cronenberg, tornando o filme mais interessante, mas que infelizmente o diretor Neill Blomkamp (em seu trabalho de estréia) não soube ser mais complexo diante da situação, banalizando para a ação. Mesmo assim o filme não perde o brilho e é uma grata surpresa por sair do lugar comum, além de estar recheados de ótimos efeitos visuais, bela fotografia, uma tensa e eficiente trilha sonora e um excelente trabalho de mixagem de som.

sexta-feira, novembro 06, 2009

Bastardos Inglórios

O filme “Bastardos Inglórios” conta a estória de um grupo de soldados judeus americanos chamados de Bastardos Inglórios, liderados pelo Tenente Aldo Raine, que utilizam métodos pouco convencionais e extremamente violentos para por um fim no domínio nazista. Ao mesmo tempo, outra trama se desenrola: a judia Shosanna Dreyfus, que após sobreviver ao ataque que exterminou a sua família, muda de nome e torna-se proprietária de um cinema em Paris. Por ironia do destino, o soldado alemão, Fredrick Zoller, um cinéfilo, tenta persuadi-la para que a premiére do filme “Orgulho da Nação” ocorra no seu cinema. O que ela não esperava é que a platéia desse evento será composta pela alta cúpula nazista, incluindo Adolf Hitler e o coronel Hans Landa, responsável pela chacina de sua família. Diante da situação, Shosanna arma uma vingança, mas ela não estará sozinha nessa empreitada.




Mais uma vez Tarantino demonstra que é o cara. Voltando ao estilo da sua obra anterior, Kill Bill, o diretor homenageia o cinema, especialmente o europeu, na sua visão sobre a Segunda Guerra Mundial. Mas nem por isso deixa de ser Tarantino, pelo contrário, a obra é divertida, tensa e absurdamente violenta. Se na saga da “noiva”, a ação é constante e extremamente visual, Bastardos Inglórios foca nos diálogos que são de deixar os nervos à flor da pele, demonstrando que o diretor continua afiado na escrita. Por conta desse formato, o público pode se cansar um pouco - é certo que em determinados momentos o filme cai (como a cena que tem a presença de Mike Myers) - mas da metade até o fim o filme cresce e fica mais tenso. Alguns atrativos do filme: a atuação diabólica do alemão Christoph Waltz como o coronel Hans Landa (altamente tarantiano); o bom desenho de produção; e o ótimo repertório musical com o destaque para Cat People (Putting Out the Fire) de David Bowie. Bastardos Inglórios não é tão bom quanto Kill Bill (sou fã, confesso), mas é cinema de primeira.

terça-feira, novembro 03, 2009

Amantes

O filme “Amantes” conta a estória de Leonard Kraditor que volta a morar com os pais após sofrer uma grande desilusão amorosa a ponto de tentar o suicídio varias vezes. Como o antídoto para esquecer uma pessoa é conhecer outra, os pais de Leonard se fazem de cupido o aproximando de Sandra Cohen, filha de um empresário que pretende fazer uma fusão com a empresa da família de Leonard. Chegando em casa após um dia de trabalho, Leonard se depara com uma nova vizinha, Michelle Rausch, uma bela e simpática garota. Encantado, ele tenta se aproximar dela o que se transforma em uma súbita paixão, em conta de sua natureza frágil e insegura. Porém, Leonard descobre que Michelle é apaixonada por um homem rico e casado, o que faz com que ele se aproxime de Sandra mesmo que Michelle não saia de sua cabeça.




Sobreviver a uma desilusão amorosa não é fácil. Juntar os cacos e seguir em frente é o tema do bonito Amantes, em que o diretor James Gray (Fuga Para Odessa, Caminho Sem Volta) conta de forma realista o envolvimento amoroso de um homem com duas mulheres distintas. Se Sandra representa o porto seguro, a tranqüilidade; Michelle significa o caos, a confusão, algo que Leonard conhece tão bem, daí o motivo da atração imediata. Com uma delicada produção, o seu destaque fica por conta da atuação soberba de Joaquin Phoenix, que cria maneirismos a ponto de humanizar o personagem, fazendo com que a dor do personagem seja compartilhada com o público, torcendo para que ele ache o melhor caminho, mesmo que não seja o idealizado. Quem disse que a vida é cor de rosa.