sexta-feira, abril 02, 2010

O Lobisomem


No interior da Inglaterra, em meados de 1891, homem é atacado por uma coisa desconhecida e não sobrevive em conta da ferocidade do ataque. Lawrence Talbot, irmão da vítima, volta a casa de sua família com o objetivo de descobrir o que matou o seu irmão. Mas a sua jornada não será nada fácil pois o seu retorno ressuscitará traumas de sua infância como a misteriosa morte de sua mãe, fato este que acabou distanciando-o de sua família por posição do pai, um homem de hábitos estranhos; além de sentir uma grande atração pela sua cunhada. Durante a investigação, Lawrence também é atacado mas acaba sobrevivendo, porém o vilarejo não vê a sua salvação com bons olhos. Desconfiado de sua rápida recuperação, Lawrence percebe que não é mais o mesmo, que se transformou no monstro que o atacou, um lobisomem.

Estranhíssima adaptação do clássico de horror da Universal nos anos 40, a nova versão tem pontos positivos como o seu acentuado clima gótico, a bela fotografia fria que exploram ambientes escuros, velas e lamparinas acessas, dias nublados. Outro aspecto significativo foi a inclusão da psicanálise em sua trama, afinal fala de conflito entre pai e filho, traumas de infância, o poder que o sexo (as mulheres) exercem sobre o monstro/bestialidade que existe no homem. Se Freud está presente nas entrelinhas, algo comum nos filmes dos anos 40, o maior defeito de O Lobisomem foi justamente o fato de não saber como fazer essa engrenagem funcionar, ou seja, de criar emoção ao filme, deixar o público curioso ou com medo. Resumindo: o filme é uma catrástofe. Alias, tudo é frio, sem vida. O diretor Joe Johnston, que conduziu obras de apelo fácil, pueris (Jumanji; Querida, Encolhi as Crianças) com grande uso de efeitos visuais, mas que não teve mão ou macete a uma obra que soa mais adulta e pesada. Nem o ótimo elenco (Benicio Del Toro, Anthony Hopkins, Emily Blunt e Hugo Weaving) foi capaz de salvar dessa sina.

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