AS MELHORES COISAS DO MUNDO(Brasil, 2010) de Laís Bodanzky
Drama. Adolescente vive as suas primeiras experiências sexuais, ao mesmo tempo, tenta lidar com o divórcio dos pais.
ZONA VERDE(Green Zone, EUA/Inglaterra, 2010) de Paul Greengrass
Drama. Grupo de militares americanos vão ao Iraque em busca de armas de destruição em massa, mas desconfiam que a sua missão seja uma farsa.
MARY E MAX - UMA AMIZADE DIFERENTE(Mary and Max, Austrália, 2009) de Adam Elliot
Desenho animado. Uma solitária garota australiana faz amizade, por correspondência, com um americano cheio de problemas.
O PROFETA(Un prophète, França/Itália, 2009) de Jacques Audiard
Drama. Analfabeto é preso e para sobreviver a penitenciária é obrigado a fazer determinados "serviços" para o bando que domina a prisão.
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Belo trabalho sobre a solidão e o doloroso processo de amadurecimento sobre a ótica pueril de um garoto, tema que faz lembrar dos filmes da Sofia Coppola, alias ex-mulher do diretor Spike Jonze que volta a dirigir depois de um tempo na berlina. Mas o seu retorno mostra um artista que dá ênfase a criatividade (se bem que o grande orçamento do filme ajudou) o que sempre foi a sua marca. Adaptação da obra clássica de Maurice Sendak, o filme comove ao mostrar que não dá para agradar a todos, mesmo que a gente não queira isso. Esse humanismo é mostrado pelos monstros que representam as várias facetas do garoto, num ótimo trabalho de efeitos visuais que mistura bonecos, mas com faces digitalizadas. Até a linda trilha sonora cheia de gritos, tambores, sussurros remetem ao universo de Max. Com um belo e emocionante final, Onde Vivem os Monstros mostra que a desordem e a confusão existem, mas também existem pessoas, lugares que fazem tornar isso tudo mais suportável.


Intrigante e interessante trabalho de estréia de Olatunde Osunsanmi que tem como ponto forte a transição de documentário (mesmo que às vezes soe como programa investigativo feito pela televisão) com a ficção, particularmente nas cenas de hipnose no qual são exibidos vídeos verdadeiros e, ao mesmo tempo, a reconstituição produzida pelo filme. Utilizando imagens de arquivo produzido pela própria psicologa Abbey, as cenas realmente impressionam, fruto de um bom trabalho do montador. A fotografia com os seus tons frios, explorando o azul (afinal a estória se situa no Alasca) é bem feita, da mesma maneira que o som. Mas o seu grande defeito é a espalhafatosa trilha sonora que quebra o clima, no qual é usada de forma exagerada, fato comum em programas televisivos.