quinta-feira, maio 06, 2010

Onde Vivem os Monstros



Max é um garoto extremamente criativo, de imaginação fértil e super sensível. Mesmo que ame a sua irmã e mãe, ele se isola e faz drama diante de certas situações como a indiferença da irmã adolescente e da mãe que está namorando. E durante o jantar, Max faz “cena” deixando a mãe estressada a ponto de levar um castigo. Mas em vez de obedecê-la, ele a morde e sai correndo para fora da casa em direção a um bosque até alcançar um barco no qual levanta a proa e o conduz para um misterioso lugar. E este lugar é habituado por criaturas enormes, de força descomunal, na qual Max acaba se identificando a ponto de mentir e a impressionar e persuadi-los com as suas estórias. Por conta disso, Max acaba se tornando o rei do bando.

Belo trabalho sobre a solidão e o doloroso processo de amadurecimento sobre a ótica pueril de um garoto, tema que faz lembrar dos filmes da Sofia Coppola, alias ex-mulher do diretor Spike Jonze que volta a dirigir depois de um tempo na berlina. Mas o seu retorno mostra um artista que dá ênfase a criatividade (se bem que o grande orçamento do filme ajudou) o que sempre foi a sua marca. Adaptação da obra clássica de Maurice Sendak, o filme comove ao mostrar que não dá para agradar a todos, mesmo que a gente não queira isso. Esse humanismo é mostrado pelos monstros que representam as várias facetas do garoto, num ótimo trabalho de efeitos visuais que mistura bonecos, mas com faces digitalizadas. Até a linda trilha sonora cheia de gritos, tambores, sussurros remetem ao universo de Max. Com um belo e emocionante final, Onde Vivem os Monstros mostra que a desordem e a confusão existem, mas também existem pessoas, lugares que fazem tornar isso tudo mais suportável.

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