sábado, agosto 07, 2010

Abraços Partidos

Amor platônico, ciúmes doentio, e Mulheres a Beira de um Ataque de Nervos!!!...ok, o novo filme de Pedro Almodóvar faz uma bonita homenagem ao cinema e, pasmem, até se auto-reverencia como citei a sua famosa comédia dos anos 80. Como um melodrama jogado numa espiral (observem que no decorrer do filme, a roda não para de girar como os negativos de um filme, a escultura que gira e por ae vai), Abraços Partidos conta a estória de um roteirista cego Harry Caine, melhor, Mateo Blanco que tem um trágico e passional passado sob os ouvidos e olhos do jovem Diego. Com uma belíssima produção, destaque para a radiante fotografia de Rodrigo Prieto, o filme é um trabalho menor do diretor espanhol, que depois de um começo perdido, confuso se encontra no meio para final, mas convenhamos é Almodóvar! desculpe a exclamação, mas sou fã do Almodóvar, então qualquer produção sua acho superior a muita coisa que se encontra por ae, e até em Abraços Partidos, em certos momentos, os diálogos continuam afiados como o seu final na visão alternativa de Mulheres a Beira de um Ataque de Nervos. Penélope Cruz está encantadora como Lena, a musa de Blanco (e do próprio Almodovar), que dá o ar de sua graça como uma Audrey Hepburn latina. Mas a atuação de Blanca Portillo como Judit Garcia é o ponto alto do elenco.

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