terça-feira, agosto 10, 2010

Meu Malvado Favorito

Ao assistir Meu Malvado Favorito se tem a impressão que o "gênero" animação está dando sinais de desgaste. Exceções à parte, particulamente a Pixar que surpreende a cada ano, tornando-se referência no setor. A maioria dos desenhos estão perdendo a originalidade e a graça. E o Meu Malvado Favorito se encaixa nisso, numa alusão ao "sucesso" dos anos 90, Austin Powers de Mike Myers, que nem é lá essas coisas. A estória: o suposto vilão Gru está sendo passado para trás em termos de vilania, com o surgimento de novos vilões, especialmente, um nerd chato chamado Vector, complica o seu destino. Para dar uma volta por cima Gru tem uma ótima ideia, diminuir a lua (pra quê eu não sei!). Mas como ele não sabe desenvolver uma máquina que faça a lua encolher, Gru descobre que justamente o chatinho Vector tem em mãos a tal máquina e para roubá-la, ele manipulará três orfãs que vendem doces para o vilão nerd. Mas as coisas mudam quando o malvado tem o coração tocado pelas graciosas orfãs. Sim, uma mistura maluca de Austin Powers com um pouco de Frank Capra, será que exagerei? Afinal, crise econômica lembra Capra, e a obra brinca com a situação econômica atual (o vilão não consegue dinheiro emprestado do banco para bancar o maléfico plano). O filme é engraçadinho, mas os roteristas não souberam costurar bem a estória ou simplesmente esqueceram de humanizar os personagens e situações, pois o filme contém aspectos sombrios mas tudo é tão rápido, the flash que parece que o diretor quer chegar ao the end antes que o público durma. Exemplo: quando as três garotas voltam para o orfanato, elas não questionam - na verdade, o filme pula o ódio, a dor e a decepção das crianças ao Gru e minutos depois estão elas aceitando o homem que não as queriam mais. É tudo tão MTV, que eu perdi a conexão com os personagens.

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