segunda-feira, abril 04, 2011

O Discurso do Rei


O Discurso do Rei é o típico filme feito na Inglaterra. Tem padrão de qualidade que prima pela correção, classe, elegância. Um produto perfeito made in England, daqueles que James Ivory (que ironicamente não é inglês e sim californiano) sentiria orgulho. Mas é sempre agradável ver um filme nesse tom e ainda por cima conta uma estória que eu desconhecia mas que clama para ser filmado. As vésperas da Segunda Guerra Mundial, o rei George V morre e passa a coroa para Edward VIII. Mas em conta de seu envolvimento com uma americana divorciada duas vezes, Edward faz o impensável: larga o posto de rei em nome do amor (pela lei, o rei perde o poder se casar com mulher divorciada). Diante da situação, o segundo da linhagem, duque de York, passa a tomar a coroa do império britânico. Mas o duque de York, melhor, agora o rei George VI sofre de um mal terrível para a sua situação: é gago. E discursar em público é um tormento para o coitado. Para ajudar a superar essa situação, ele terá o apoio de sua esposa, Elizabeth e a ajuda de um fonodiólogo australiano, Lionel Logue, que utiliza métodos nada convencionais.

Pelo tom percebe-se que o filme fala de superação, de uma pessoa que era motivo de chacota e que não tinha carisma, força; mas que se dedica a sempre melhorar diante do seu posto. E o filme ganha mais atrativos em conta do seu ótimo elenco (uma contida e eficiente Helena Bonham Carter e a boa presença de Geoffrey Rush). Mas o grande destaque vai para Colin Firth que realmente está ótimo no papel do temperamental mas inseguro George VI.

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