domingo, novembro 13, 2011

O Homem do Futuro



O Homem do Futuro é o primeiro filme de Claudio Torres que eu assisti, e pelo que vi o diretor já chama atenção por sair do lugar comum do cinema nacional: critica social, violência; e cai de cabeça numa mistura de comédia bobinha anos 80 e ficção cientifica (só na ficção que cientista físico sabe que tudo o que acontece no passado repercute o futuro, ora bolas). Cientista genial chamado João leva uma vida frustrada apos levar um baita fora nos longíquos 22 de novembro de 1991 pela garota que ele sempre foi apaixonado: Helena. Ao criar uma máquina do tempo, João cria a desculpa perfeita para mudar o passado a partir dessa data. Atingido o seu objetivo, o cientista percebe que as mudanças do passado desencadeou em alterações no presente/futuro, com consequências desastrosas. E mais uma vez João volta ao passado para que tudo volte ao normal.
Com um início capenga, que não empolga muito (vale tambem para as cenas de flashbacks que o diretor faz um efeito irritante ao deixar a tela quase toda em branco), o filme vai ganhando pontos ao explorar o drama de João em tentar consertar as burradas passadas e futuras. Neste momento, o público torce e entende o esforço do cientista muito bem interpretado por Wagner Moura. O que fica difícil de explicar é o que essa Helena tem de especial, além da beelza. Outro ponto negativo é a irritante trilha sonora de Luca Raele e Maurício Tagliari que é televisivo; mas a seleção de músicas é excelente incluindo "Creep" do Radiohead, "By My Side" do INXS e "Tempo Perdido" do Legião Urbana, que serve como metáfora sobre a situação encontrada por João. O argumento de O Homem do Futuro lembra um pouco as estórias malucas do grande roterista americano Charlie Kauffman, mas não é inteligente, engraçado, sagaz. É só bobinho.

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