terça-feira, novembro 08, 2011

Quero Matar Meu Chefe



O título original de Quero Matar Meu Chefe é Chefes Horríveis, mas bem que poderia se chamar de Três Idiotas Querem Matar seus Chefes. Partindo de uma premissa interessante ao exibir a relação dos subordinados com os seus patrões intragáveis, e assim poder demonstrar que o autoritarismo exarcebado é um pesadelo na rotina das organizações. Infelizmente, da metade para o fim, o filme perde força ao focar na tentativa dos três de matar os seus respectivos chefes. Nick dedica anos na corporação com o objetivo de ser promovido, mas o seu plano vai por água abaixo em conta do seu chefe egocêntrico e egoísta que adora infernizar a sua vida. Dale é assistente de uma bela dentista mas doida e ninfomaníaca o bastante para abusá-lo sexualmente. Já Kurt trabalha numa empresa em que o novo patrão é um irresponsável que usa os lucros para torrar em sexo e cocaína.
Confesso que ri no decorrer da projeção do filme, mas é um riso irritante já que em alguns momentos o trio de amigos é tão burro que passa da conta. E fica difícil de acreditar que esses idiotas atuem em cargos importantes já que o público questiona o Q. I. dos caras - outro ponto que incomoda é que os três babacas gostam de cinema (eles comentam do clássico Pacto Sinistro ao cult Jogue Minha Mãe no Trem e até o desconhecido Neve Sobre os Cedros). Será que o cinema emburrece as pessoas?
Um dos defeitos de Quero Matar Meu Chefe é que o diretor Seth Gordon não soube utilizar um humor correto. O argumento desse filme exige um humor negro, o que definitivamente não fazia parte dos planos da produção. Em compensação queriam transformar em um novo Se Beber, Não Case!, com a presença do humor chulo, grosseiro e politicamente incorreto. A escolha acabou matando o filme e a chance de fazer uma obra bacana no porte de Como Eliminar o seu Chefe (1980) de Colin Higgins com Jane Fonda, Lily Tomlin e Dolly Parton.

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