sábado, dezembro 03, 2011

A Árvore da Vida



"Nós vivemos num mundo tão grande a ponto de transformar cada um em um grão de areia nessa imensidão imponderável. E as mudanças estabelecidas no ambiente repercutirão na rotina das pessoas e vice-versa." Bom! Foi isso que senti ao ver o trailler de A Árvore da Vida, e após conferir a obra de Terrence Malick realmente demonstra o poder da natureza sobre a humanidade. Que as mudanças do meio-ambiente afeta o homem, como é o caso de Jack, arquiteto/engenheiro que vive numa selva de pedra, mas que ao se deparar com uma árvore num canteiro de obras o faz recordar da sua infância, particularmente da sua relação com os seus irmãos e os seus pais.
O filme é dividido em duas partes. A primeira mostra o surgimento e a evolução do planeta Terra; do Big Ben a eliminação dos dinossauros em imagens de tirar o fôlego (a fotografia de Emmanuel Lubezki é linda; da mesma forma a supervisão musical composta por músicas clássicas e sacras). A segunda parte foca na relação de Jack com os seus pais que representam lados opostos da natureza (a mãe é amável, compreensiva, carinhosa; o pai é autoritário, exigente, cruel).
O vencedor da Palma de Ouro em Cannes de 2011 é realmente um belo filme, porém tem alguns defeitos: a montagem, o seu final e Senn Pean. O filme tem 2 horas e 20 minutos de duração, mas se tem a impressão de ter mais de 3 horas, o que as vezes torna cansativo (e olha que o filme foi editado por 5 pessoas incluindo o brasileiro Daniel Rezende, montador de Cidade de Deus). Não gostei do final na cena da praia à lá 8 e 1/2 de Fellini, mas que ficou meio new age demais. E Sean Penn aparece no máximo 10 minutos e só faz caras e bocas. Desnecessário.
Mesmo assim vale a pena conferir A Árvore da Vida em conta de seu experimentalismo e de suas belas imagens.

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