Direção: Steven Spielberg
Elenco: Henry Thomas, Dee Wallace, Robert MacNaughton, Drew Barrymore.
Em uma floresta, uma nave espacial pousa atraindo a atenção de um grupo governamental. Pegos de surpresa, os alienígenas conseguem fugir...exceto um que não teve a mesma sorte, mas que graças a amizade com o garotinho Elliot conseguiu se esconder e sobreviver. A cumplicidade entre os dois nasce pois ambos compartilham de um mesmo sentimento: a dor de uma separação.
O clássico E.T. - O Extraterrestre completa 40 anos mas com um corpo de 20 anos. O filme não envelheceu e continua um primor de emoção genuína graças ao delicado trabalho de direção de Steven Spielberg que registra a infância com um olhar franco e verdadeiro - o mestre teve a inteligente ideia de posicionar a câmera na mesma altura dos atores infantis para ser o mais fiel possível ao ponto de vista das crianças neste belo conto. Outro plus é a inesquecível trilha sonora de John Williams; escutar a música nos cinemas não tem preço.
Na minha memória - assisti a muito tempo - via o filme como um tocante conto sobre a amizade verdadeira. Mas revendo no cinema senti que o filme é um relato sobre um garoto que está sofrendo pelo recente divórcio dos pais. A separação em que Elliot testemunha é a mudança abrupta em sua família em que o peso da criação dos filhos recai em uma mãe e que esta se encontra em adaptação a situação, além de ainda guardar um sentimento pelo ex-companheiro. Aqui é visível a falta de um pedaço importante nesta unidade. O mesmo sentimento assola o alienígena que busca ansiosamente o seu resgaste para voltar ao conforto de seu antigo lar. Sem dúvida nenhuma, ET - O Extraterrestre é um símbolo máximo de uma criança que sente a dor de uma separação, dar os seus primeiros olhares sobre a vida adulta, mas jamais sem perder a ternura e a inocência.
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