segunda-feira, dezembro 05, 2022

Mulheres Diabólicas

(Lá Cérémonie, França, 1995)
Direção: Claude Chabrol
Elenco: Sandrinne Bonnaire, Isabelle Huppert, Jacqueline Bisset, Virginie Ledoyen

Sophie acaba de ser contratada como empregada na mansão dos Lelievre. Calada mas absolutamente eficiente (boa na faxina e melhor ainda na cozinha) é uma estranha bem-vinda ao modo de vida da casa, mas quando esta faz amizade com a perturbada Jeanne, uma funcionária dos Correios e uma desafeta da família Lelievre, as coisas começam a sair dos eixos.
O francês Mulheres Diabólicas - quem diria - tem um certo paralelo ao brasileiro Que Horas Ela Volta?. Se o filme da Anna Muylaert é um comovente drama sobre as transformações sociais em 2010; o francês é uma espécie de versão da série inglesa Downton Abbey sob a ótica do austríaco Michael Haneke.
O filme apresenta duas narrativas. Primeiramente aborda a relação patrão e empregada em que fica nítida o desconforto nesta relação pois Sophie parece esconder algo e Catherine Lelievre não hesita em explorar a empregada bancando a boazinha. Com a chegada de Jeanne, inicia a segunda parte e foca na amizade que vai crescendo (e junto o suspense), ampliando o desconforto dos patrões.
A ótima química entre Sandrine Bonnaire e Isabelle Huppert é o ponto alto do filme em que a união entre a misteriosa Sophie e a instável Jeanne é um barril de pólvora prestes a explodir a qualquer momento. Uma pena que no final do filme o diretor poderia ter esticado mais o suspense...mas o clímax é surpreendente. Mulheres Diabólicas é um suspense tenso e perturbador sobre a burguesia e a maldade humana.

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