DEPOIS DO CASAMENTO (Efter Brylluppet, Dinamarca/Suécia, 2006) de Susanne Bier
Drama. Para ajudar um orfanato na Índia, um homem recebe ajuda financeira de um milionário mas com uma condição: participar do casamento de sua filha.
NÃO POR ACASO(Brasil, 2007) de Philippe Barcinski
Drama. Dois homens obcecados por controle têm o seu destino cruzados por causa de uma tragédia.
UM CRIME DE MESTRE(Fracture, EUA, 2007) de Gregory Hoblit
Suspense. Marido traído confessa que matou a sua esposa por motivo de defesa, mas o caso é mais complicado do que se imagina.
Drama. Na China milenar, imperador se desestrutura por suspeitar de traição por parte de sua esposa e filhos.
Drama. Em meio à xenofobia na Espanha, prostituta espanhola faz amizade com uma prostituta de São Domingos.
LADY VINGANÇA(Chinjeolhan Geumjassi, Coréia do sul, 2006) de Park Chan-Wook










O primeiro filme da dupla Jonathan Dayton e Valerie Faris surpreende pelo ritmo contagiante, e personagens carismáticos. Em destaque para a atuação da garotinha feita pela Abigail Breslin, que tá uma gracinha. Mas o filme comove pela gama de temas que são explorados: a importância da família; a obsessão pelo sucesso; a perda da inocência e identidade da juventude nos dias atuais; a exarcebação da sexualidade nos concursos de miss infantis (uma obsessão nos Estados Unidos); e a importância de arriscar em certos momentos de nossa vida. Com uma bela fotografia, afinal é um road-movie, explora com inteligência as belezas naturais das estradas americanas; mas o que fica gravado na memória é a trilha sonora perfeita de Mychael Danna e Devotchka (que por mistérios da vida não foi indicado ao Oscar).
Vencedor do Leão de Ouro do Festival de Veneza 1993, e indicado ao Oscar de melhor direção, Short Cuts é considerado o ultimo grande filme do mestre americano Robert Altman. Extremamente realista, mas puxado para o humor negro e a amargura, Altman registra o cotidiano típico dos subúrbios de Los Angeles com uma precisão cirúrgica, mostrando vidas tão comuns que podem ser encontradas em qualquer grande metrópole do planeta. Mas vale ressaltar que por ser uma obra de Altman, pode incomodar aos mais tradicionais, já que o americano é econômico nos movimentos de câmera, e exibe os seus personagens de forma realista, fria e crítica. E Short Cuts é isso, puro voyagerismo.
Mas uma vez, o diretor Todd Solondz mostra o universo de personagens em que a sociedade americana considera como um bando de fracassados ou losers. Mas o diretor mostra também uma sociedade dividida entre raça e classe social. No ponto de vista do diretor, ele explicita a idéia do dominado e dominador (o professor negro curra a aluna branca). Como também a idéia do superior e inferior (a relação da criança branca classe média e a empregada latina de sua casa). Alias, as melhores cenas do filme são justamente quando mostra a conversa entre o menino e a empregada. Num momento, o garoto questiona sobre as mazelas da vida da empregada. E ela responde que isso aconteceu porque Deus quis. Então o garoto pergunta-lhe: - “Você acredita em Deus?”. E ela responde totalmente decepcionada: - “Não!”. Eu acho que essa seria a resposta do diretor sobre a sociedade americana, em que ele está decepcionado com essas pessoas, com as suas atitudes e suas vidas mesquinhas. Não é pra menos que esses dois personagens mostram um comportamento pitoresco depois desse diálogo. É cada um por si, e Deus contra todos.