domingo, junho 10, 2007

Pequena Miss Sunshine

O filme “Pequena Miss Sunshine” conta a estória de uma garotinha chamada Olive que ganha a chance de participar de um concurso de miss infantil intitulado Miss Sunshine a ser realizado a mais de mil quilômetros de sua casa. Por causa da distância e da escassa condição financeira de sua família, a sua mãe decide levar a filha para o concurso junto com a sua excêntrica família numa velha kombi amarela. E vai ser nessa viagem que a família de Olive vai por em cheque as suas diferenças: o avô viciado em drogas que adora pornografia; o pai estressado que esta na expectativa de lançar um programa de auto-ajuda; o tio que tentou o suicídio depois de levar um pé na bunda do namorado jovem; e o seu irmão mais velho que fez voto de silêncio depois de ler as obras do filósofo alemão Friedrich Nietzche.

O primeiro filme da dupla Jonathan Dayton e Valerie Faris surpreende pelo ritmo contagiante, e personagens carismáticos. Em destaque para a atuação da garotinha feita pela Abigail Breslin, que tá uma gracinha. Mas o filme comove pela gama de temas que são explorados: a importância da família; a obsessão pelo sucesso; a perda da inocência e identidade da juventude nos dias atuais; a exarcebação da sexualidade nos concursos de miss infantis (uma obsessão nos Estados Unidos); e a importância de arriscar em certos momentos de nossa vida. Com uma bela fotografia, afinal é um road-movie, explora com inteligência as belezas naturais das estradas americanas; mas o que fica gravado na memória é a trilha sonora perfeita de Mychael Danna e Devotchka (que por mistérios da vida não foi indicado ao Oscar).
Tem um diálogo que resume o filme: logo no início do filme, todos os personagens estão reunidos no almoço, quando Olive questiona o motivo da tentativa de suicídio do tio; ele responde que fez isso por ter levado um fora do namorado, um garoto. Então ela responde surpresa: “Você fez isso por causa de um garoto? Meu Deus, mas como você é bobo!”.

Um comentário:

Anônimo disse...

O melhor filme do ano passado, merecia melhor sorte no Oscar (apesar dos dois prêmios que ganhou serem muito merecidos, deveria ganhar outros e ser indicado mesmo pela trilha sonora). O roteiro é fantástico, uma crítica ao estilo americano de vida como não se tinha há um bom tempo. Do elenco, destaque para a Abigail Breslin e para o Paul Dano.