sábado, janeiro 12, 2008

Tela Super8: Veludo Azul

Nos anos 50, a pureza e a perversidade são dois universos diferentes, mas que quando se chocam nos deixam com raiva, indiferença, desejo e excitação. Eis o mundo do maravilhoso Veludo Azul (Blue Velvet, EUA, 1986) de David Lynch, obra que seria o passo inicial ao estilo único desse excelente diretor, em que a realidade e o sonho, a razão e o delírio são características complementares em sua obra. E na belíssima cena em que a cantora de cabaré interpretada pela Isabela Rossellini, canta a música-título do filme exerce bem essa função. Num palco de cores contrastantes (o quente do vermelho e a frieza do azul, cenário que também foi explorado em Twin Peaks, A Estrada Perdida, Cidade dos Sonhos), exerce um jogo fascinante aos personagens que são jogados num mundo que eles desconhecem, mas que são seduzidos por ele, tornando tudo excitante, perigoso, vital...totalmente diferente de suas vidas sem graça, metódicas.


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